É verdade, mas não é algo triste nem pessimista. Talvez por conta da morte da minha mãe, recentemente. Pois é claro que a morte de alguém muito próximo abala nossa estrutura.
Sei que minha mãe está bem, seguindo o caminho dela, enfrentando os desafios da nova vida, porém, para nós que ficamos, fica evidenciada a certeza de que um dia também iremos.
Todos sabem da morte, todos sabem que estamos nessa vida de passagem, mas parece que falar do assunto trás mal agouro. Você pode observar que as pessoas evitam falar, viver, e se deparar com coisas tristes. Mas como trabalho com a vida espiritual e a consciência de muitas vidas não terei pudor em falar desses sentimentos frente a impermanência.
Vou compartilhar com você meu sentimento de que precisamos ter nossa vida em dia. Vou dizer para você que temos que nos esforçar para perdoar as pessoas, consertar nossos enganos porque a morte pode ser uma surpresa para qualquer um de nós. Afinal basta estar vivo para correr esse risco.
Fazendo essa reflexão me lembrei do lindo filme do Brad Pit, Meet Joe Blak, no qual ele representava a morte...
Tirando o romance, sabemos que vamos um dia partir dessa vida. No meu caso acredito totalmente que continuaremos a nossa caminhada do outro lado, mas que devemos aproveitar cada instante da nossa passagem na Terra para acertar nossas pendências.
Se você nasceu nessa família pode ter certeza que existe um motivo, e tendo ou não problemas o mais importante é se harmonizar, perdoar, compreender, aceitar, pois esse tipo de tomada de consciência, esse tipo de atitude honesta com você e com a vida trás libertação. Alivia a carga que cada um de nós carrega dentro de si.
E passar a vida a limpo em diversos setores da sua atuação com certeza trará muita felicidade.
Quero estar pronta para morrer... Mesmo que isso venha a acontecer daqui há muitos anos. E você? Como tem lidado com suas pendências? Como tem tratado seus desafios?
Você tem medo de falar da morte?
Você vê esse assunto com pudor?
Sabe Maria Silvia, há mais ou menos 04 meses fui do outro lado da vida, pois não acredito na morte. Não senti medo. Uma calma se abateu sobre mim desde o início das dores que começei a sentir em casa até chegar na Emergência do Hospital, ir prá UTI e de lá para o Centro Cirúrgico com a única certeza de que os médicos não sabiam exatamente o que estava acontecendo comigo internamente. Autorizei conscientemente a fazerem uma cirurgia em mim, a qual nem "eles" - o corpo médico - sabia o resultado, literalmente eu estava mais prá lá do que prá cá. Lembro-me bem de que não senti medo. Não chorei. Não me lamentei. Entreguei apenas meu espírito ao Divino, pois, sabia e sei que tudo que nos acontece tem um porque, um propósito bem maior do que pensar que vive-se apenas aqui neste Planeta Terra e ponto final. "Escapei" como dizem popularmente e até alguns amigos e parentes arriscam a dizer que: "Você enganou "Ela" (a morte). Nasceu de novo." Bem, eu prefiro acreditar que a situação que vivi tem um significado infinitamente maior do que apenas morrer ou viver.
ResponderExcluirNo Tarô o Arcano Maior, A Morte, representada pela lâmina de nº13, se mostrou para mim desde o primeiro dia que a visualizei como sendo a renovação de vida na caminhada espiritual de qualquer ser humano, a mudança de valores, claro que para melhor. O fim de um ciclo denso e o início de um novo, cheio de perspectivas luminosas. Tenho certeza de que a morte é apenas deixar esta Escola chamada Terra e seguir para uma outra Dimensão cheia de práticas de aprendizado. Bem, assim como eu muitas pessoas já tiveream essa experiência, que lhe digo: É única!. E os dias que se sucederam do fim da cirurgia até que eu retornasse para minha casa foram de um incansável aprendizado. Permaneci naquele hospital 20 dias, que confesso pareceram 20 anos. Mas como dizia uma médica que ia me ver todos os dias na UTI às 7:00h: "Menina, tudo isso vai passar.... tudo nessa vida passa." É na verdade tudo é mutável, impermanente. Sabemos que não estamos aqui prá sempre. E Essa "passagem" que todos nós iremos fazer é apenas um segmento de nossa caminhada espiritual aqui na Terra. Devemos, sim, todos os dias rever nossos valores; opinar por uma conduta mais amena com as pessoas que nos cercam, ou seja, não ser carrasco nem dos outros e nem de nós mesmos; atitudes simples, mas que nos tornam espíritos evolutivos em constante ascensão, como perdoar, ser tolerante e etc... nos faz compreender que estamos aqui para aprender algo de novo ou de "velho" que já deviamos ter fixado. Estamos aqui para resgatarmos nossos mal entendidos e quando eles parcialmente ou alguns estão totalmente "quitados", quando aprendemos a lição....aí sim, temos que fazer a "passagem", ou como queiram dizer; temos que morrer para renascer e enfrentarmos novos desafios!Beijos iluminados em vossos corações.Maria Betania Pinheiro.
Márcia Guerreiro,
ResponderExcluirEstou passando por um momento muito tenso ao lado da minha filha que deseja ardentemente se matar. Nunca havia passado por uma experiência assim tão perto de mim. Já atendi pacientes na mesma situação, mas dentro de casa é bem diferente. Estou sempre obrigada a olhar para a morte de frente e com olhos de bem.
Ontem ela surtou e saiu pela rua gritando, se jogou no chão, tive que conte-la e segura-la na sarjeta com a ajuda de meus filhos até que a ambulância aparecesse, ficamos mais de uma hora segurando-a e a ambulância não apareceu.É a vida!
Ela ardentemente gritava: - Onde está meu livre arbítrio, eu quero morrer, eu não existo!
Uma menina que estudou a espiritualidade, praticou suas meditações, tem uma mediunidade maravilhosa, onde está esta pessoa, que agora quer desesperadamente matar-se?!!
Nessas horas que o conhecimento sobre a eternidade e a conecção com nossos mentores é que nos carregam no colo e nos inspiram para podermos compreeender e ajudar numa hora tão difícil como esta.
Sei que a morte que desejamos não é a do corpo e sim a do sofrimento, sei também que o suicídio de nada adianta, porque o sofrimento acompanha o desencarne. Nessa hora que a pessoa que mais amamos, nossa filha, pede desesperadamente para si matar, é que, por Deus, surge uma força dentro do nosso peito que acredita na vida, no amor, na superação. Fé na vida, é isso me orienta hoje e me da força.
Não sei qual será o fim dessa história, passamos a noite no hospital, ela se abrandou, e eu mais uma vez acreditei que a vida quer continuar.
Morte, encara-la de frente é acreditar na vida.
Beijos a Você Maria Silvia e muita luz, fé e coragem nessa nossa jornada da Vida.
Morte, é o fim, mas do sofrimento e não da vida.
Na realidade hoje em dia não, talvez seja por uma questão de amadurecimento tanto espiritual como de vida mesmo. Morrer já não é algo asim absurdo e irreparável. Sei que faria falta mais sei também que minhas filhas saberiam se virar. Quando eram pequenas tinha um medo enorme de IR e deixá-las desamparadas de tudo e de todos. Hoje sei que a vida de cada um é realmente de cada um e que ninguém vai passar por você nada do que for seu,portanto tenho na minha cabeça hoje em dia que devo viver da melhor maneira possível para cumprir com o prometido antes de vir pra cá e aí sim tentar ter uma Nova Vida mais tarde melhor.
ResponderExcluirAcredito na espiritualidade e sei que meus mestres vão me ensinar como proceder na hora H!
Beijão e obrigado por me dar a oportunidade de expressar meus sentimentos que hoje em dia são tantos.
Olá! Este é um dos assuntos que são para mim um grande desafio: minha história de vida é de muitas perdas; o que me apavora não é a minha morte mas sobreviver a morte dos que eu amo... complicadíssimo; diante disso busco respostas pelos mais diferentes caminhos para acalmar meus medos: livros, espiritualidade, estudo sobre tanatologia e o grande fastasma que sempre me rondava, agora se mostra mais nítido e o vejo com mais aceitação e em muitos momentos olho em seus olhos. Racionalmente sei que é a única certeza que temos depois de nosso nascimento e que morremos a cada minuto, mas integrar isto ao que sinto é um pouco mais difícil. Estou na cminhada e tentando a cada dia... Abraços e que Deus continue te iluminando. Margaret
ResponderExcluirComo eu tenho problemas para lidar com a "morte", me indicaram o livro De Frente Para o Sol - Irvin Yalom. Está me ajudando muito.
ResponderExcluirNão.Eu não tenhomedo de falar da morte.Ao contrário,tenho tanta certeza de que ela faz parte da vida,que ás vezes sinto que é preciso viver muito bem para poder morrer em paz.Morrer para mim é uma passagem.Um outro nascimento.Uma nova vida,numa outra dimensão.É claro que o desconhecido sempre deixa algum temos e uma certa ansiedade.Mas é preciso aprendermos que não temos controle sobre a hora da nossa partida,assim como não controlamos nosso próximo segundo.Ele simplesmente vem.Ou não.Estar vivendo é caminhar lado a lado com a própria morte.Viver bem é apaziguar-se com a inevitabilidade da partida.Assim me preparo espiritualmente consciente e como disse o Drmmond, antes de dormir "fecho os olhos para o ensaio".
ResponderExcluirVera
Marcia, estou preocupada com você e gostaria que você nos ligasse ou mandasse o seu telefone, email atual. Estamos com seus dados desatualizados. Por favor, nos ligue aqui. Se quiser, pode me mandar email para o meu pessoal morlovas@terra.com.br. Um beijo, MS.
ResponderExcluirE você? Como tem lidado com suas pendências? Eu procuro cumprir com minhas responsabilidades e deveres, não deixando pendências e quando ocasionalmente fica algo pendente, procuro resolver o mais breve possível, minha consciência sempre me alerta quando existe uma, assim não sossego enquanto não resolvê-la.
ResponderExcluirComo tem tratado seus desafios? Há desafios difíceis de serem vencidos, daí é fundamental confiar em Deus, em seus desígnios, na sua justiça divina, orando para termos força, paciência e perseverar até o fim. Pedir a Deus discernimento do melhor caminho a seguir. Orar pedindo ao anjo guardião que esteja comigo nos momentos mais difíceis.
Você tem medo de falar da morte? Não, a morte é uma fatalidade. Sou espírita e compreendo que somos espíritos eternos sendo a morte apenas uma passagem para continuação da vida em outra dimensão.
Você vê esse assunto com pudor? Não, vejo este assunto com naturalidade. Entendo que devemos nos desapegar de entes queridos, da matéria, de bens, títulos, cargos e posições. Assim, sofreremos menos e nos adaptaremos mais facilmente a nova situação livre do corpo físico, com maior liberdade, mais feliz. Esta é a situação ideal, mas ainda sofremos sim por apego, pela dor da separação momentânea, mesmo com o conhecimento adquirido isso porque ainda nos falta a maturidade espiritual que será conseguida após muitas existências. Grande beijo Maria Silvia, desejo para você paz, luz e amor.
Márcia...
ResponderExcluirNão querendo me meter, mas já me metendo, depois que sua filha estiver um pouquinho mais calma, quem sabe peça a ela que leia o livro "Memórias de um suícida". Você disse que ela já estudou a espitirualidade, mas ás vezes precisamos "refrescar" algumas coisas na nossa mente.
Eu tive depressão e por diversar vezes pensei na morte, e esse livro de alguma forma me ajudou...
Vou orar por vocês.
Bjos
Maria Aparecida Megiorin...
ResponderExcluirtoda vez que faço comentários sobre a morte. Eu fico triste, por perde algo "vida " choro bastante tenho medo entender....
18 de julho de 210