quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Canalização - Trabalhar a Humildade

Você é nosso convidado para participar da meditação dinâmica e canalização dos Mestres Ascensos da Fraternidade Branca, todas as quartas-feiras às 20h30. Sinta a energia, faça parte desse encontro de amor e luz.
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Nome Chave: Trabalhar a Humildade
Mestre: Marcos Servidor da Chama Amarela
Data: 14/12/2011
Local: Espaço Alpha Lux
Canal: Maria Silvia Orlovas

Transcrição: Carla Calabrez
Edição/Site: Diogo Guedes 
Áudio: Trabalhar a Humildade
 (mp3) - Clique aqui



Trabalhar a Humildade

         Eu costurei roupas. Eu fui um costureiro. Foi uma encarnação onde eu tive de trabalhar a humildade. Eu vinha de muitas vidas entre os nobres, mas do outro lado da moeda.
Como vocês sabem, a coroa define aqueles que são ricos, aqueles que podem, aqueles que mandam, aqueles que ordenam e a cara define aqueles que têm que obedecer, que estão nesse mundo por si mesmos, que não podem escolher o que fazem, que têm que fazer apenas aquilo que lhes compete.
De um lado, os que mandam; do outro lado, os que são mandados e que devem assim proceder, obedecendo.
O mundo de dualidades: de certo para alguns e de errado para outros, de deveres para uns e compromissos para outros. E eu vinha de uma vertente onde em muitas vidas eu era nobre, então eu mandava, eu resolvia, eu escolhia, eu definia...
Em muitas vidas, eu escolhi lutar e guerreiro me tornei. Em outras vidas, simplesmente atuei na monarquia, porque entendia que ali eu poderia ser útil, que ali, mandando com justiça, eu faria o bem e definiria como as coisas acertadamente iriam acontecer.
Foi muito difícil eu compreender porque os meus Mentores, os Seres de Luz queriam que eu encarnasse como um costureiro. Eles me explicaram que eu tinha muitos atos meritórios, que eu tinha feito coisas muito importantes, que eu tinha levado água para povoados que definhavam em tempos de seca, eu tinha ajudado alimentar tantas crianças necessitadas e mendigos também necessitados e eu me perguntava: “Mas então, por que eu tenho que nascer como um homem simples? O que pode fazer um homem simples? O que pode mudar na vida de alguém, um costureiro? O que pode atuar na vida de alguém, alguém que passa os dias entre agulhas, linhas, tesouras e vaidades dos outros?
Eu achava que não iria conseguir suportar as misérias dos ricos, porque eu sabia que os ricos eram miseráveis e eu achava que não iria conseguir suportar o mundo pequeno daqueles que acham que podem tudo, porque eu conhecia esse lado. Eu não era assim, mas outros eram, e o que eu fazia quando era rico? Eu escolhia não estar com essas pessoas. Eu definia que seriam Meus amigos, eu definia onde iria morar, como eu iria viver... Eu tinha escolhas.
Então, por que encarnar na função de um simples, de um humilde costureiro? Eu fiz muitas vezes essa pergunta quando estava no plano astral e ninguém me explicou. Apenas diziam que eu iria entender, que eu iria descobrir, que eu teria as Minhas respostas e eu nasci numa casa muito, muito simples.
Eu não tive uma mãe amorosa nem o pai presente, porque Meu pai tinha que trabalhar muito duro para Nos trazer alimento. Minha mãe estava sempre atordoada, aflita atrás de muitos filhos, correndo de um lado e do outro e então, durante muitos anos esquecidos dos Meus compromissos e incompreendido do Meu próprio caminho, eu maldisse pai e mãe, porque eu não tinha o pai que eu queria, eu não tinha a mãe que queria, eu não tinha a vida que queria.
Fui rebelde, acho que fui rebelde até antes de encarnar, porque eu não queria essa lição. Por que ser pobre? Para que serve a pobreza?
Nunca entendi... Por que eu tinha que ser pobre, já que eu tinha feito bom uso do dinheiro em vidas passadas?
Durante muito tempo eu Me rebelei, Me perdi e Me afastei, até que o sofrimento e o ruído interior ficaram tão intensos, tão intensos que resolvi Me render e comecei a dizer pra Mim mesmo: Bom, se o que eu tenho é a habilidade para costurar, porque ao longo dos anos a Minha mãe se tornou uma costureira e ela Nos punha, os filhos pequenos, para fazer os arremates, as coisas que ela precisava e com a morte do Meu pai, quando eu ainda era criança, esse se tornou o Nosso ganha pão e novamente não tínhamos escolhas; era fazer o que tinha que ser feito e pronto!
Foi assim que eu me resignei à Minha vida. Eu comecei a me resignar. Eu comecei a fazer as pazes com Deus quando eu perguntava: É isso mesmo que deve ser feito hoje? Então está Pai, eu farei!
Eu fui quebrando a Minha resistência a esse caminho. – É isso que eu devo fazer hoje, Pai? Então é isso que eu faço! –São esses os trabalhos que devo seguir hoje? Então eu faço!
Eu parei de brigar. Eu parei de Me achar injustiçado. Eu parei de achar que aquele momento era o momento mais difícil, mais delicado, mais complicado da Minha vida, porque eu pensava assim desde que aprendi a pensar, porque era de fato uma vida complicada, era de fato uma vida difícil; só que todos os dias eu estava alimentando, alimentando, alimentando a dificuldade, porque eu dizia para Mim mesmo: “É muito difícil, é muito cansativo, é muito pobre, é muito fraco, eu não consigo, eu estou na miséria”...
Eu só dizia milhares de repetições da dor e do sofrimento dentro de Mim. Eu era uma verdadeira orquestra de lamúrias e de tristezas dentro de Mim. Essas lamúrias reverberavam na Minha mente e aquilo se repetia, se repetia, se repetia e eu estava preso na Minha dor e eu reclamava de Deus, porque não tinha escolha.
No momento em que comecei a aceitar e compreender: “É isso que deve ser feito, então eu faço! “É esse o caminho que eu preciso tomar, então eu faço!” Quando eu comecei a concordar com aquilo que a vida estava Me oferecendo, quando eu comecei a fazer as pazes com aquilo que eu tinha e só com aquilo, eu comecei a criar um sentimento de paz dentro de Mim.
Eu observei essa paz e comecei a sentir um alivio dentro de Mim. É isso que tenho para comer, Pai? Então é isso que como. É isso que tenho para fazer? Então é isso que faço. É assim que devo viver? Então é assim que vivo.
Foi o momento em que tirei das Minhas costas a ambição, o desejo de controlar a vida e o desejo de grandes atos, porque eu queria ter liberdade para agir. Eu queria fazer aquilo que queria fazer. A Minha alma, o Meu espírito, o meu eu não tinha nenhuma reverência. Eu queria fazer aquilo que eu achava que era bom fazer, porque eu estava coberto de boas intenções, de desejos legítimos, de necessidades verdadeiras, porque só eu sabia o que estava sofrendo.
Enquanto eu pensei assim, eu sofri muito e alimentei dentro de Mim todos os tipos de pesadelos e sombras.
Foi somente no momento em que comecei a aceitar os desafios que estava vivendo e assimilar o pequeno papel que naquele momento eu tinha que desempenhar que a vida começou a se tornar mais leve para Mim e eu comecei a fazer as pazes com Meu destino, com o silencio, porque aprendi que reclamar não valia absolutamente nada. O mundo ficava infinitamente pior todas as vezes que eu reclamava, xingava e brigava. O mundo ficava mais triste quando eu chorava e nada se resolvia, porque o outro dia era igual ao anterior.
Quando eu deixei de Me achar um prisioneiro daquela situação, quando comecei a compreender que eu tinha que viver aquilo que eu tinha que viver, que a estória era Minha, quando deixei de olhar as sombras dos outros acreditando que eles eram mais felizes que eu, também me libertei.
Eu tive uma vida de absoluta simplicidade. Nenhum grande portal se abriu naquela Minha existência.
Eu não fui contratado por um Rei, não tive a graça, o milagre e a submissão de viver uma outra estória com mais felicidade, nem a Minha mesa se tornou, de repente, abundante. Eu passei a vida inteira comendo comidas muito simples, vestindo roupas muito simples, convivendo com pessoas muito simples. Eu não tive uma ascensão no sentido material; nenhuma...
A Minha vida foi muito, muito simples; só que eu comecei a ouvir, a sentir a paz no Meu coração e esse silencio dentro de Mim foi uma grande bênção, porque quando eu deitava à noite, eu dormia. Quando eu encontrava as pessoas eu estava mais disponível para ouvi-las, tocá-las, ajudá-las pacientemente.
Naquela condição tão simples onde todos eram tão importantes para o sustento familiar, eu aprendi a ser um bom irmão.
Como eu vivia numa comunidade muito pobre, eu aprendi também a ser bom vizinho; ajudar as pessoas quando era necessário, ouvi-las.
Como eu era um dos filhos mais velhos, eu cuidei da Minha mãe sem raiva porque ela adoeceu, sem preguiça, porque eu tinha que fazer muitas coisas. Eu fui me envolvendo com a Minha vida e fazendo as pazes com Meu destino.
Aprendi a ter prazer com as pequenas coisas, com o sorriso das pessoas, com a felicidade naquele ambiente familiar.
Foi assim que Me libertei, foi assim que eu cresci e quando finalmente eu já era bem idoso e desencarnei, eu tinha dentro de Mim o sentimento de dever cumprido, de que eu fiz aquilo que devia fazer.
Quando eu voltei ao plano espiritual, encontrei cores lindas. Um jardim exuberante como eu nunca tinha visto na Minha vida.
Quando eu acessei as memórias de tantas vidas passadas, junto aos Meus mentores, eles Me explicaram que o que faltava era humildade e que eu olhei para os outros, mas eu não tinha olhado para Mim.
Eu via a necessidade dos outros e atuava na necessidade dos outros, mas eu não entendia as Minhas próprias necessidades e não Me deixava ser feliz com as coisas simples.
Toda aquela labuta Me ensinou o silencio, a paciência, a troca de coração para coração entre as pessoas, de atos reverentes verdadeiros, porque é importante a atitude, o serviço objetivo: “Dar água a quem tem sede”, mas é importante fazer com o coração, enxergando o outro não como uma pessoa carente que você ajuda, mas como um irmão que está passando uma experiência diferente da sua.
Você deve agradecer àquele que você oferece ajuda, por que aquele que você está ajudando está permitindo que você aprenda assim uma lição.
Hoje é com muita honra, com muita alegria que eu venho aqui contar a Minha história para vocês, porque talvez vocês não precisem remendar roupas nem viver uma experiência de tanta pobreza para descobrir que o outro não é o outro e nem a outra face da moeda. O outro é o seu irmão e as moedas são energias complementares como claro e escuro, o pobre e o rico, o bom e o mau.
Eu Sou um servidor do plano astral e me envolvi na Fraternidade, na energia de São Francisco.
Ajudo humildemente e não preciso de títulos e nem de nomes, porque Eu sirvo aquele que Me preenche com amor e desejo que vocês tenham nessa experiência de troca de servir, a verdadeira vivencia Cristica que é o profundo amor.
Recebam as bênçãos e a luz dos Mestres que aqui estão. Na frente de cada um de vocês está o seu Anjo, aberto ao seu amor.
Que o milagre se faça no coração de cada um.
Eu Sou o que Eu Sou na mais profunda luz do amor.
Tenham paz. Tenham profunda paz!
Somos Todos Um no plano espiritual. Carregamos a Nossa individualidade, mas Somos amigos, estendemos as mãos e Somos irmãos.
No mundo objetivo Eu Fui Marcos e estou aqui para abençoar vocês.
Tenham paz!

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