quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Uma reflexão sobre a alma dos animais.

Paola carregando o velho Ônix


Logo que me casei com o Fabio ganhamos de presente da minha sogra o Ônix, um gatinho preto, maluquinho e destruidor. Ele era tão bagunceiro que recebeu o apelido de zonix tamanha a confusão que ele fazia. Porém sua presença era tão amorosa que nós fomos nos afeiçoando a ele que logo passou a fazer parte da família. Na ocasião minha filha Heloiza estava na adolescência e dando muito trabalho. Costumava me referir a ela como uma rebelde sem causa.
        Já que filho não vem com manual de instruções, estava tentando de tudo para viver bem com ela e educá-la, mas muitas vezes me surpreendi confusa, chorando, sentindo raiva das situações, impotência sem saber como agir e desespero. Hoje entendo que a sensibilidade minha e dela tumultuava ainda mais nossa convivência. Ela desde muito jovem lembrava de coisas de vidas passadas e queria viver sem compreender ou respeitar os limites que são saudáveis e naturais na criação.
            
Não existe amor sem limites, pelo menos para nós humanos, mas com certeza para os animais a mesma regra não vale. Pois não são poucos os casos de animais que por amor se sacrificam pelo dono, seguem pela vida inteira fiéis a um amor que nós dificilmente conseguimos compreender porque para nós o amor é condicional. Mesmo um pai ou uma mãe amorosos e conscientes esperam reações dos filhos. Nós precisamos de interação, de respostas, de atitudes. E na verdade isso é natural, porque nós não somos regidos por instintos, mas pelo intelecto que associado ao amor deveria conferir a todos nós a superação de falhas e a elevação espiritual e do carater, apesar de não ser bem isso que acontece.
Nina
            


          O fato é que o Ônix amou a Helo profundamente, todos os dias, em todas as horas. Foi companheiro, mestre, discípulo. Sem falar ensinou coisas que eu como mãe me cansei de repetir sem sucesso. Ele aceitava minha filha como ela era... Deitava no colo, estendia as patinhas, dormia com ela, limpando o rombo de emoções perturbadoras que assolaram minha filha na juventude. Mas sua presença envolvia todos nós e tomava conta de toda a casa e por dezessete anos foi assim.
Todos amamos o Ônix.

Fredy e Babalu que também tem um linda história.
            





No meio desse percurso, nasceu a Paola, mudamos de casa, e chegaram outros gatos, cada um com sua história, cada um também com a sua missão na nossa vida, pois é muito interessante perceber que o jeito de ser de cada animal é diferente. 
Como a Helo era muito preocupada com um possível desencarne do Ônix um dia Folhinha, uma guia muito querida explicou: "Quando o corpinho dele se for você pega outro gato parecido que a energia dele volta." 
            Foi interessante a explicação, mas deixamos passar, apenas registramos mais um ensinamento.
            Ônix morreu quando o filho da Helo nasceu. 
            Até nesse momento ele amou minha filha escolhendo um momento em que ela estava ocupada demais com o bêbe e justamente por isso não sofreria tanto...
            Quanta sabedoria e quanto amor.
            Em casa ficamos meio perdidos, sem saber o que sentir porque ele morreu velhinho, com missão cumprida, e não devemos chorar por aqueles que seguem o fluxo natural da vida, ao contrario devemos libertar, mas quem já teve um animal ou perdeu alguém intímo sabe que apesar da compreensão as emoções se mostram. Também sentir é natural, não é amigo?
Fredy o bêbe da casa.
            

Na semana seguinte meu sobrinho veio dormir em casa e nos convidou olhar o site http://adoteumgatinho.uol.com.br/ pois ele procurando uma gatinha para adotar se deparou com um gato preto chamado Ônix!
            Em menos de uma semana o novo Ônix está dormindo nos pés da minha cama, correndo pela casa toda, fazendo as mesmas bagunças que o outro. Impressionante ver a semelhança entre o primeiro e o segundo, e impressionante também pensar na profecia da Folhinha que se cumpriu. Ele voltou.
            Não aconteceu uma reencarnação como acontece com os humanos. Ele chegou na minha casa com 8 meses o que significa que eles viveram no mesmo tempo da Terra, um se desligando e outro chegando. Muito interessante pensar nisso. Não é?
            



Ainda estou absorvendo este conhecimento, e buscando elucidar o assunto da alma dos animais. Nessas coisas que nos acontecem percebemos o quanto há a nossa espera para aprender. Quantos mistérios indecifráveis, quantas barreiras do desconhecido teremos que atravessar para ter mais lucidez?!
            Lucidez e amor, porque como ensinam os mestres conhecimento sem amor leva as pessoas ao sofrimento, enquanto que o amor rompe todas as barreiras, inclusive aquelas do desconhecido.

Novo Ônix


Um beijo a todos e um lindo mês de agosto!

Maria Silvia

15 comentários :

  1. Oi Maria Silvia...que linda homenagem aos seus Ônix(s)...
    Conheci o Ônix no abrigo do AUG e sempre tive por ele grande carinho. Ele é irmão da minha Cristal e talvez por isso, essa afeição maior com o pretolino. Confesso que só não levei o Ônix pra casa pq existe uma superlotação lá...mas, na verdade, ele estava guardado para você! Assim como a Cristal estava guardada para mim, que a adotei "sem querer", por identificação dela conosco, que, carinhosamente, veio nos pedir um lar.
    Muita sorte para vocês, que ele traga mta alegria em sua casa!
    Se quiser conhecer a irmãzinha, meu blog é http://maedegato.blogspot.com/
    bjs

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  2. Oi MS, que linda história dos ônix da sua vida! Ano passado vivenciei uma história parecida. Meu fiel escudeiro, um golden retriever, que era meu filho mais velho desencarnou. Fiquei muito triste, pois ele era a minha sombra... Agora tenho uma outra sombrinha amarela e bagunceira, a Lola... Acho que os animais são seres de puro amor divino e vêm nos ensinar o amor incondicional!
    Beijos floridos,

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  3. Adorei seu relato, cada bocadinho, acabei por me emocionar.

    adoro todo tipo de animais e tb tenho um gato preto, o Pú, pu mau, como lhe chamo porque não é muito meigo e não gosta muio de carinhos.

    já perdi animais que comigo partilhei a vida e com a sua morte chorei com muita dor dentro, senti muita saudade, e cada vez que lembro deles lá vem a lágrimazinha.

    são amigos incondicionais e de extrema inteligência (só lhes falta falar a n/língua)

    amei o post

    beijo

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  4. Adorei seu relato, cada bocadinho, acabei por me emocionar.

    adoro todo tipo de animais e tb tenho um gato preto, o Pú, pu mau, como lhe chamo porque não é muito meigo e não gosta muio de carinhos.

    já perdi animais que comigo partilhei a vida e com a sua morte chorei com muita dor dentro, senti muita saudade, e cada vez que lembro deles lá vem a lágrimazinha.

    são amigos incondicionais e de extrema inteligência (só lhes falta falar a n/língua)

    amei o post

    beijo

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  5. Linda mesnsagem MS! Adotamos uma cadela há um ano e meio e ela é muito especial, acabou me adotando como dona!!!!Tem um ciume de mim violento e eu como filha de Omulu sei que ela percebe isso e toda vez que sente alguma coisa vem pra perto de mim, faço minha oração ao meu Pai e ela melhora logo. Os animais são especias sim e os adotados são mais ainda, pois derramamos amor incondicional sobre eles. Esta semana fui à uma palestra e o palestrante nos falou que os animais dométicos e golfinhos são animais que estão na última encarnação com alma coletiva e por tanto reencarnarão como seres humanos pré históricos em outros planetas. Achei muito interessante e fico feliz por poder estar ajudando a uma alma em sua evolução!!!! Bjinhus.

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  6. Incrível, não?
    Esta passagem me emocionou muito: "Nessas coisas que nos acontecem percebemos o quanto há a nossa espera para aprender. Quantos mistérios indecifráveis, quantas barreiras do desconhecido teremos que atravessar para ter mais lucidez?!
    Lucidez e amor, porque como ensinam os mestres conhecimento sem amor leva as pessoas ao sofrimento, enquanto que o amor rompe todas as barreiras, inclusive aquelas do desconhecido."
    Assim como o amor incondicional do
    gatinho e as passagens com suas filhas!!!
    Muito obrigada mais uma vez, Maria Silvia!!!
    Adoooooro ler tudo que você escreve!
    Beijos com carinho!

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  7. Gostei muito de ler todos os comentário, e gostaria de poder responder todos eles pessoalmente com um forte abraço. Acredito que as pessoas tem coisas em comum, no nosso caso o amor pelos animais.... Um beijo a todos.
    MS

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  8. Ola Maria Silvia, me emocionei com sua historia pois tb estou vivendo uma bem parecida. Meu super companheiro desencarnou ha 20 dias, e escolheu no dia q levaria ele para o banho, nao ficando proximo a mim na hora da passagem, pq nao sei como reagiria. No ano passado ele teve doença muito grave e sobrevivei e me deu mais 1 ano de presente, mas a gente nunca espera, ele ainda completaria 7 anos. Bem, quem sempre teve bichos e tem sabe como é dificil com a ausencia e eu não estava suportando chegar no apto onde só nós dois moravamos e não ter aqueles miados e nem aquele carinho. Adotei ha uma semana um igualzinho, persa vermelho, mas as vezes me pego chamando ele por Lazanha q era o apelido do meu amor. Nós em casa sempre tivemos cães e esse foi meu primeiro gato,e nunca mais ficarei sem. Meus pais tb tem uma bulldog q é a coisa mais deliciosa da vida rsrs. Bem, não tem palavras q descrevem esse amor. Obrigado pelo seu relato. bjs

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  9. MS você é maravilhosa! Até eu que não tenho animais em casa, fiquei emocionado com sua história.

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  10. Amei o post, como vc tenho um gato negro, que encontrei na rua a 15 anos atras, coloquei o nome de Salem... ja que é um gato "bruxo" rs... lendo seu post fico a pensar quando meu amado gato nos deixar, mas sei que Deus coloca animais, pessoas, momentos em nossas vidas para aprendizado... Um enorme bjo e otimas vibraçoes para o new Ônix!

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  11. Olá, Maria Silvia!
    Gostaria de saber se vc não disponibilizará mais as canalizações da Fraternidade Branca em www.alphalux.com.br...
    Tem sido tão importante pra mim ouvir as canalizações!
    Elas me deram suporte e sustentação em todos os momentos difíceis, aquietaram meu coração, me ajudaram a concentrar-me no que é importante, no que realmente importa. Realmente são um ar fresco para respirar e uma luz para iluminar!
    Muito obrigada por tudo até hoje!!!
    Espero que você continue a disponibilizar as canalizações!
    Beijos e abraços com carinho!

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  12. Bom dia, os áudios estão ainda no site www.espacoalphalux.com.br. Se vc for até o rodapé, verá um ícone com as canalizações. Este icone levará até o myspace, onde estão sendo colocados todos os arquivos. Ele está em processo de colocação, mas já alguns lá. Obrigada.

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  13. Olá, Patrícia!
    Muito obrigada pela pronta resposta!
    Com a reformulação do site, eu não estava encontrando!
    Mas que bom!!!! :)
    Obrigadíssima a você e a Maria Sílvia!!!
    Beijos!

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  14. Olá! Não posso deixar de agradeçar e também fazer um tributo ao meu anjo negro que se foi após me acompanhar durante 17 anos. Uma cadelinha poodle, preta, que ganhei já com 03 anos. Já idosa,ceguinha, doente, me defendeu de um assalto em nossa casa e se entregou na véspera da chegada de uma irmã com diagnóstico de cancer. Um verdadeiro furacão...mas que ensinamento, serei grata eternamente pelo que recebi e por aquilo que me tornei com sua presença. Abraço e obrigada por compartilhar. Margaret

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  15. Olá, Maria Sílvia, sempre quis contar essa história para alguém, mas ninguém parecia crer que era possível...Quando morei nos Estados Unidos tive ttrês queridos gatos. Fui deportada covardemente, deixando meus amigos prá trás, sem ter tido tempo de arrumar um lar para eles. Nenhum bem que deixei prátrás me causou tanta tristeza quanto os meus amores sendo deixados sem atenção. Um ano após minha chegada, a gata da minha vizinha teve 5 filhotes. Como amo gatos, fui lá ver. E qual não foi a minha surpresa, entre os cinco gatinhos, lá estavam as duas fêmeas: mesma cor, mesmos olhos e ainda mamando, sentiram a minha presença, largaram a mãe e correram para mim. É óbvio que as levei pra casa. Mais um ano e uma das gatas ficou prenhe, não sei como, presa em casa e deu à luz um único gatinho...o que estava faltando. Os três viveram comigo, aqui no Brasil, por alguns anos, sendo que uma das fêmeas foi-se embora por conta própria (mas eu sei muito bem onde ela está e está bem) e o outro, gato malandro, depois que nos mudamos de casa, ele voltou à casa antiga e pediu aos novos donos que o adotassem, sendo atendido, com aquela cara de gato de botas. A última, tá aqui comigo agora e não se desgruda de mi prá nada e é como se ela sempre me dissesse: estarei sempre ao seu lado e esse amor é tão mágico e bom e me fez ver que há mais coisas entre o céu e a terra do que possa imaginar nossa vã filosofia. Bjs.

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