sexta-feira, 21 de junho de 2013

Brasil mostra tua cara!



Quem somos nós?
O que move nos move?
Fiquei pensando em tudo isso vendo a onda de protestos que tomou conta do nosso país.
Não dá para falar de vida espiritual, sem um contexto, sem olhar para o lado, sem se importar com as as coisas que acontecem a nossa volta.
Sempre achei que a vida espiritual serve para nos transformar, para nos tornar pessoas melhores, não apenas nos momentos em que paramos para meditar, mas principalmente em todos os outros momentos da nossa vida, quando trabalhamos, criamos os filhos, e enfrentamos desafios.


Temos que ser unos com nossa essência, com as nossas crenças, pois nosso Eu é do bem.
Sinceramente acredito no bem das pessoas, e acredito no bem do Brasil, apesar de todas as incoerências, e desmandos que estão aparecendo, e é hora de mudar. Mas a mudança deve seguir de dentro para fora, sem medo de se mostrar. Sem medo de mostrar a nossa cara, pois se somos do bem, o que temos a esconder?
Somos o que somos. E vamos colocar toda nossa luz nessa mudança!
E pensando em tudo isso resolvi partilhar com vocês alguns pensamentos de gente que faz parte do meu mundo. Gente que conheço, e confio.
Veja o que pensa meu irmão Antonio Flávio Pacini, consultor, professor e pai do João Victor:


Protesto e Não-violência!
Gandhi é referência que precisamos. Temos que valorizar os protestos pacíficos e corajosos e desencorajar totalmente as agressões e a baderna.
Tomar as ruas e mostrar as caras contra a corrupção e o descaso do governo é um ato de gente madura, que sonha com um país honesto, integro.
Gritos de raiva precisam ser substituídos por posicionamentos claros nas urnas e em ações iguais a estas, quando vemos um mensalão deixando livres seus chefes principais, quando vemos populistas fazendo programas partidários na TV dizendo que tudo está muito melhor...
Não está não, mas pode ficar!
Tomara que os jovens enxerguem que é preciso saber votar, cobrar e principalmente contribuir. Precisamos ser o modelo da mudança, precisamos pensar no que queremos ser e agir como cidadãos de 1a linha.
"Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo"Gandhi

* * *

Veja agora a mensagem que minha amiga Neusa de Fatima Mariano, professora universitária que vive em Sorocaba:

Maria Silvia!
Penso que preciso partilhar as reflexões que me vieram hoje quinta-feira dia 20 de junho com relação às manifestações. Saí de São Paulo 17:40 e cheguei em Sorocaba 20:00h. A Castelo Branco estava interditada e o motorista pegou a Raposo Tavares. Ao acessarmos a Av. Antonio Carlos Comitre, já em Sorocaba, fomos surpreendidos por uns 50 manifestantes que fecharam os caminhos de saída da referida avenida. Apesar de poucos, alguns tinham máscaras (tanto aquelas de carnaval como as contra bombas de efeito moral) ou cobriam o rosto com camisetas. Eram agressivos, batiam no ônibus onde eu estava... Mas logo se foram porque eram poucos, e chegamos à Rodoviária, que estava fechada, assim como todo o comércio ao redor (posto de gasolina, mercado). Uma multidão ocupava a praça da rodoviária. Sempre participei de movimentos sociais e de protestos, passeatas, mas nunca senti o que senti hoje. O que me deixou estranha, reflexiva foi justamente a sensação de insegurança em função de uma violência pronta para emergir. Nas manifestações das quais participei, não havia a prática de esconder o rosto e isso me incomodou muito. Penso que nos protestos não deveria haver o medo por parte da população, dos manifestantes como se eles fossem inimigos, pois partilha-se da mesma vontade de justiça social. No entanto, a forma como estas manifestações tem se apresentado e pelo que senti aqui, por mais que não tenha tido notícias de confronto em Sorocaba (pelo menos até agora) me deixaram triste, porque não senti consistência. Está tudo junto e misturado... Senti que aqueles jovens estavam felizes por se identificarem como revolucionários que vão mudar o mundo, mas sinto que é só neste momento e não nas suas atitudes cotidianas. Talvez esteja enganada... Continuo pensando sobre o que vivi hoje...


* * *

Veja agora o que pensa a Patricia Viégas, terapeuta floral e mãe da Julia:



Que período hein?!
Estamos transformando o Mundo ou o Mundo está nos transformando?
Pedimos por mudanças... E elas vieram em grupos crescentes, atitudes e conseqüências... Como ondas "tisunâmicas".
Queríamos que as máscaras caíssem... Elas caíram e ainda estão caindo.
Pedimos para que a verdade fosse mostrada... E a verdade está sendo mostrada, seja na Política, no Trabalho e até mesmo na Família.
Realmente pedimos por tudo isso... Mas, nos esquecemos de pedir Sabedoria.
Sabedoria para agir de forma correta (harmoniosa), quando tudo isso viesse à tona.
Então, de nada adiantará apenas se empolgar com as mudanças externas, entrando no meio da "luta", se a maior e mais significativa mudança ainda não foi feita...
"Seja a mudança que deseja ver no Mundo".
Esta frase está mundo longe de ser apenas uma teoria bonita.

E você amigo leitor, o que pensa?
Alguma sugestão para continuarmos na luz até alcançarmos as mudanças que desejamos ver em nosso país?

Um beijo a todos,
Maria Silvia

3 comentários :

  1. Realmente espero que tudo isso seja para o bem...

    ResponderExcluir
  2. Maria Silvia, gostei bastante da sua reflexão sobre os protestos que vem acontecendo em nosso país, acredito na mudança do ser humano, acredito na unidade e no bem, fico aqui pensando como seria bom se mais seres de luz com preparo encarnassem em nosso planeta para ajudar na mudança de hábito de nosso sistema político, como, educação, saúde, segurança entre outras áreas, concluo que já esta acontecendo. Eu acredito na mudança. A espiritualidade é uma excelente ferramenta. :)*

    ResponderExcluir
  3. Oi! Refleti sobre esses acontecimentos e relacionei com algo que realizei a pouco tempo, duas semanas atras. No meu trabalho, resolvi participar de uma Semana que ia se realizar no município, escolhi um assunto e fui estudar e lá estava o tema após as buscas: Educação ambiental e patrimonial através da sensibilização do olhar. Minha oficina foi escolhida por duas escolas, falei em duas turmas e me descobri falando para aqueles pré-adolescentes e adolescentes sobre a necessidade de amarmos o que somos, o que temos e onde vivemos, porque é a partir desse respeito, dessa identidade é que vamos valorizar tudo o que está a nossa volta e ter boas atitudes. Respeitar ao próximo, praticar a gentileza, atitudes amorosas que se refletem no meio ambiente em que vivemos, na nossa educação ambiental e patrimonial... O que trabalhei um pouquinho entra de acordo com a reflexão desse post, pois as mudanças maiores tem que acontecer, mas as menores, as do nosso íntimo, do nosso lapidar tem mais urgência, não são só os outros que estão errados, nós também estamos. Então, com esses protestos todos, revi a minha fala para aqueles alunos, e como realmente conversas e reflexões sobre a necessidade de mudança e que mudança que podemos ser, começa no nosso dia-a-dia, em casa, no trabalho. Não sou palestrante nem professora, e fiquei surpresa e feliz com a conexão da vida.

    ResponderExcluir