quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ainda sobre lidar com Fantasmas






            Na terça feira a noite fechando nosso expediente em Alpha Lux minha secretária comentou comigo sobre a repercussão do texto sobre fantasmas... E ela que também é mediadora do blog postou seu comentário porque todos sabemos que não é nada fácil viver com essa percepção aguçada do mundo sutil.

            Quase sempre sentimos o que os outros não percebem, nos emocionamos demais, as vezes nos envolvemos, nos apaixonamos sem nem entender porque. Assim aprender lidar com a mediunidade é um ato de sobrevivência e não uma vontade de saber algo mais do mundo oculto.

As pessoas como eu não vivem deste dom. Ao contrario vivemos para dar sustentação a este dom. O que significa estudar muito, praticar meditação, yoga, fazer trabalho voluntário, aprender cantar mantras, fazer orações etc. Pois quem não entra de cabeça nesse mundo não suporta as interferências e abalos causados pelas energias que não querem a evolução. Falo aqui de espíritos contrários, de medos, de forças obscuras do inconsciente.

Dons todos nós recebemos de Deus. Um arquiteto por exemplo, com certeza já nasceu com uma visão do mundo diferenciada, um médico também já nasceu com uma mente que permitirá que ele encare a dor, o corte de uma cirurgia friamente. Mas é claro que essas pessoas ao longo de suas vidas tem que se dedicar, estudar e viver em função de suas escolhas. E é claro que também procurarão exercer suas profissões neste campo escolhido.

Nenhum dom vem pronto. Deus é o grande doador de tudo o que recebemos, do ar que respiramos, da água que bebemos, do sangue que circula em nossa veias. Deus é, e está em tudo.

Mediunidade se aprende, se lapida, se expande.

5 comentários :

  1. Oi!
    Muito bom o que escreveu!
    A última frase serve de encorajamento!



    Cris.

    cristy_01@bol.com.br

    ResponderExcluir
  2. Ola, Maria!
    Quando você diz que mediunidade se aprende, se lapida, quer dizer que mesmo pessoas sem nenhuma expressao de mediunidade podem aprender? Como isso seria possivel?
    Achava que cada um de nos nascia com uma missao nessa vida, que por isso alguns viam e ouviam coisas diferentes, como uma missao.

    Beijoss

    ResponderExcluir
  3. Querida MS

    Apesar de não "ver fantasmas", posso dizer que muitas vezes pude senti-los pelas mais diversas formas, o que me causou muito desequilíbrio. Diziam-me que eu precisava me dedicar à espiritualidade, mas eu não compreendia isso, já que sempre rezei muito, li a respeito e sempre tive muita fé. Até a um voluntariado me dediquei. Hoje, através dos seus trabalhos em AL, compreendo cada vez mais o que deve ser essa dedicação e sinto-me cada vez melhor. Obrigada. Bj, Sandra Piedade

    ResponderExcluir
  4. (Parte1)Querida Maria Silvia,

    (este comentário é na sequência do meu outro, no seu anterior artigo sobre fantasmas) houveram 2 ou 3 episódios na minha mida que me marcaram muitíssimo, prendendo-me ainda mais na caminho da espiritualidade. Como vc tem razão! é preciso aprender, é preciso investigar, ter perseverança, muita fé, muita humildade, mas acima de tudo é preciso trabalhar. Porque, eu acho, que a semente já está lá, aquela sabedoria interior que nós carregamos e muita aprendizagem e conhecimento de outras vidas. É só preciso rega-la com muito Amor e dedicação para ela brotar.
    1 episódio, que se repetiu 3x, em momentos muito diferentes da minha vida e que me mexeu muito comigo, tem a ver, com certeza, com uma presença invisível poderosa e não para o bem. Os meus sintomas físicos foram de tremores pelo corpo todo, um tremor incontrolável como se estivesse sob a acção de um frio árctico e vestindo um vestidinho de alcinhas. Nunca consegui, por vontade consciente para de tremer. Da 2ª vez que isso começou a acontecer eu falava ao telefone com um amigo de longa data, que andava tendo comportamentos meio estranhos que não combinavam com ele, e o tremor começou,a minha voz ficou logo afectada, durou uns (longos) segundos, assim que parou, o meu amigo me começa a dizer coisas sem sentido, nem parecia ele a falar, de uma raiva, uma agressividade que me deixou sem resposta, e até hoje nunca mais nos falamos. A 3ª vez e última vez, aconteceu anos depois, num jantar em casa de um casal amigo, já comigo a estudar nos Estados Unidos. Foi um jantar muito simples, estava eu, um senhor amigo deles e esse casal. Eu sempre tive temperatura corporal muito baixa, por isso é frequente eu ficar com frio, e quando ia na casa deles, levava sempre um casaco suplente para me aquecer, porque sabia que iria sentir frio. Naquela noite, depois do jantar, o marido da minha amiga se retirou para praticar a sua música (ele é músico) e nós ficámos na cozinha os 3 jogando cartas. De repente, aquele tremor violento começa. E eu peço a minha amiga para me trazer um cobertor porque estava ficando com muito frio. Não ajudou. O tremor foi tomando conta de mim e eu ia sucumbindo, lembro de perder as forças no corpo e a cabeça tombando em direcção à mesa onde jogavamos cartas. Lembro-me claramente de pensar que "não estou aguentando". Os meus amigos repararam e me perguntaram se estava tudo bem comigo. Eu já não consegui responder, estava perdendo a consciência, a sensação era que tudo estava sumindo. Nisto, o marido da minha amiga que tocava música, vem, de repente, à cozinha e com uma voz bem forte pergunta "O que está acontecendo aqui?", foi esta voz que me trouxe de volta e eu levantei a cabeça e acordei. Os tremores pararam automaticamente. Eles responderam que eu não me estava sentindo bem, estava com muito frio. Aí, o marido da minha amiga diz "não, não é isso! a porta da rua está escancarada! está toda aberta, como isso é possível??". Nos levantámos todos num ápice e fomos ver a porta da rua. Longos segundos de silêncio. Ninguém conseguia explicar. Principalmente porque a porta da rua estava empenada, precisava de um empurrão forte para abrir, e para fechar. Não é uma porta que abre facilmente, e faz barulho quando abre. Um acção destas seria logo notada. Verificamos tudo, nada faltava, nem havia qualquer indício de que tinha estado lá alguém. Nesse dia intensifiquei e muito minhas orações. Não voltou a acontecer até à data, Graças a Deus.

    ResponderExcluir
  5. (Parte 2)

    Há pouco tempo atrás, a minha mãe, que não acredita nestas coisas (mas a mãe dela, minha avó, que morreu quando eu tinha 1 ano de idade, acreditava!) veio ter comigo e me pediu para eu falar com a chefe dela. Estavam acontecendo umas coisas estranhas com os filhos dela e eu poderia dizer algo que a acalmasse. Eu não reagi nada bem, porque a minha ignorância sobre estes assunto ainda é muito grande, eu sou ainda um bébé que está aprendendo a caminhar :).
    Então, o que estava acontecendo?
    o filho mais velho dela, com 7 anos de idade, mais ou menos, voltou a ter umas crises nocturnas, tal como a mãe dele teve quando era pequena e que depois desapareceram por completo. E que crises eram essas? eram crises em que ele acorda no meio da noite aos gritos, começa a correr em volta da cama a uma velocidade tal que ninguém consegue agarra-lo e quando pára, agarra a irmã dele, que tem 3 anos, protegendo-a. Os olhos dele rodam o quarto todo, principalmente o tecto, não parando. Quando ele se agarra à irmã, é quando os pais conseguem falar com ele e perguntam o que ele está vendo. Ele responde: figuras pretas, muitas, por todo o lado, querem a mana. No dia seguinte, o menino não se lembra de tudo, lembra-se das figuras pretas, mas não se lembra de proteger a irmã, e tem medo de falar sobre isso. Na vida do dia-a-dia, ele tem muito medo do escuro e quando anoitece, acende todas as luzes da casa.

    Acho que sao 2 exemplos de como situações como estas interferem na nossa vida, mas cabe a nós não racionalizar e seguir nossa sabedoria interior que nos diz, é preciso saber mais.

    Peço desculpas se achar o texto longo (tive que dividir em 2 partes), mas escrever é terapeutico! ;)

    Com muito respeito e carinho,
    Susana M.

    ResponderExcluir