Viver em comunidade

Viver em comunidade não é fácil. Aliás viver em família também não é nada fácil. Conviver com amigos muitas vezes também não é. Casamento então...

Porque viver, significa antes de tudo, conviver. 

Significa ter paciência, bom humor, boa vontade, disponibilidade no coração para aceitar o outro como ele é, e ajudar quando for chamado.

O ego dita as regras, diz que as pessoas devem ser desta forma ou de outra. Mas será que tem alguém disponível para se adaptar ao outro?

Será que estamos disponíveis em fazer o bem sem esperar retorno?

O que percebo é que temos muito o que aprender em relação a convivência. 

Todos nós queremos que as pessoas se comportem da forma que nós entendemos ser boa. Queremos que as pessoas se pareçam com a gente, que apreciem, sigam os nossos valores, nosso código de honra.

Ainda que nada disso seja falado, combinado entre as partes, ou escrito em algum lugar, queremos que o outro siga. 

E quando o outro não faz o que achamos adequado, brigamos, fechamos a cara, criticamos. 

As vezes não colocamos em palavras, as vezes não querendo ofender não falamos na frente da pessoa...

Fazemos fofoca...

Pois é amigo leitor, mesmo sendo pessoas lindas, corretas, quando falamos algo de alguém que a pessoa não pode ouvir, estamos fazendo fofoca!

Tenho que dizer que acho muito triste esta constatação, porém verdadeira.

É impressionante como aprendemos sobre a convivência humana em encontros como os nossos Sevas. Aprendemos com as pessoas que encontramos, e aprendemos com o grupo que se forma para doar.

Domingo passado estivemos em dois lugares entregando presentes para as crianças. Num abrigo, e num edifício no centro da cidade que é uma verdadeira comunidade. Um lugar onde vivem muitas famílias, que enfrentam corajosamente a vida em São Paulo. Mas que não deixaram que a selva de pedra endurecesse seus corações. Lá o "povo" se ajuda, num sentimento expansivo de que onde come uma família sempre tem um pouco de comida para os que precisam.

Exemplo a ser seguido. Compartilhar tem muito a nos ensinar.

Desde o momento que chegam as doações em Alpha Lux estamos aprendendo. Aliás aprendemos até antes disso quando ainda estamos organizando as ações. 

Tem pessoas lindas que se abrem desde o começo. Disponíveis, amorosas, cheias de boa vontade. Assim como aparecem outras egoístas, sem nenhuma vontade de partilhar, que mesmo podendo doar fecham as mãos, sem compreender que para segurar as mãos de Deus é preciso abrir as suas...

E vendo tudo isso, o lado bom, e o lado ruim, sei que não posso julgar. 

Sei que não devo. 

Sei que se julgar as coisas erradas, errarei junto. 

Sei que não tenho esse direito. 

Sei que se julgasse, se me prendesse olhando as coisas erradas, desperdiçaria um tempo precioso destinado a receber muito amor, que surge em pequenos atos como esta menininha encostando a cabecinha no meu ombro.

Fiquei emocionada com o carinho da pequena que nem sabia quem eu era.

Apenas se encostou em mim.

Um toque com muito amor.

E aí amigo leitor eu pergunto: " Quem doou e quem recebeu? "

Há anos dedicando parte do meu tempo cuidando das pessoas, aprendi que recebemos muita coisa boa quando atendemos as necessidades alheias.

Saímos do nosso mundinho. E isso é maravilhoso.

Em 2014 junte-se a nós.

Venha fazer parte desta grande família Alpha Lux.

Venha fazer os cursos, aprender, expandir seus limites.

Mas se você está longe, não vive em São Paulo, pode esperar por novidades, pois estamos investindo muita energia para o blog ficar ainda melhor no ano que vem.

Um beijo a todos e Feliz Natal!

MS