domingo, 3 de fevereiro de 2019

Espere a ação do tempo












Áudio







Espere a ação do tempo

Um longo caminho se faz importante para o amadurecimento da personalidade.
Um longo caminho se faz importante para que cada pessoa descubra o valor, o certo, o errado, o poder de dizer sim, o poder de dizer não.
As pessoas querem respostas rápidas para assuntos profundos.
As pessoas querem soluções rápidas para questões de muitas vidas que são carregadas no seu inconsciente.
É importante ter sabedoria, esperar a ação do tempo.
Não qualquer tempo: um tempo trabalhado pela consciência. Aquele tempo que passa sem você se envolver consigo mesmo, sem você se envolver nos seus questionamentos, que funciona apenas como uma brisa que carrega soltas as folhas que não pertencem a nenhum lugar.
É preciso aprender com cada experiência!
Envelhecer não é uma arte, e sim uma necessidade, no sentido do amadurecimento, da expansão da consciência, da expansão da sua capacidade de assumir o seu poder pessoal.

A Chama Azul, à qual eu sirvo, exigiu muito da minha personalidade humana.
Eu tive que aprender a me amar, a me respeitar e me enxergar, a despeito das derrotas - e passei por muitas!
Eu tive que olhar para mim e descobrir quem eu era. E isso se tornou mais fácil, hoje posso dizer, com o meu ego quebrado.
Nos momentos em que não tive dinheiro, nos momentos em que a fortuna se afastou de mim, nos momentos em que as pessoas desdenharam da minha essência; nesses momentos em que meu ego, meu dinheiro, meu poder, a minha condição, não falou mais alto, eu pude ouvir o som do meu coração.
Eu tive a chance de mergulhar em mim mesmo. E, em primeiro lugar, me questionar para entender se eu precisava da aprovação daquelas pessoas.
Entender se eu precisava do amor daquelas pessoas.
Entender se eu deveria continuar a estar onde eu estava.
Entender se seria bom para mim me manter numa zona de conforto.

Quando eu fiquei muito, mas muito infeliz, sem rumo, sem caminho e sem esperança, como um homem que caminha no deserto, eu tive que olhar para dentro de mim. E foi libertador me tornar mais humilde.
Foi libertador descobrir que eu precisava moldar a minha personalidade para ter outros amigos, para ouvir dentro de mim, e fora de mim, outras vozes e outras palavras.
Porque até então eu tinha preenchido a minha mente, o meu corpo e a minha alma, de saberes do mundo, que não foram suficientes para me manter na autoridade, no mando da minha própria vida.
E eu só descobri o meu verdadeiro poder quando a vida me fez frágil. 
E foi libertador quebrar as minhas couraças, deixar de fingir que eu era forte, deixar de fingir que eu estava feliz quando não estava, deixar de dizer para mim mesmo que eu não precisava da ajuda de ninguém.
Isso é o mais puro e mais absoluto ego.

Quando eu comecei a aceitar ajuda, olhar as pessoas, eu descobri que era mais fácil viver assim.
E aí, eu que busquei os altos postos, a superação, eu descobri que eu não precisava da soberba, do orgulho, eu não precisava ter todo dinheiro do mundo.
Eu não precisava de muitas coisas que até então eu valorizara.

E eu fiz o movimento oposto: eu soltei, eu ouvi mais, eu usei toda a minha determinação para ser feliz na simplicidade, para agradecer àqueles que me ajudavam. Porque eu era tão orgulhoso, que eu não sabia agradecer às pessoas.
Eu agradecia, mas aquilo me doía. Era como se eu perdesse o meu poder, para exaltar o poder alheio.
E hoje eu digo: "A força do meu Eu Sou foi uma semente que brotou desse solo, da minha quebra, que brotou dessa fenda que eu provoquei mim mesmo com os momentos de solidão e desmando."

Meu ego gritou como gritam as feras, e eu chorei como choram as crianças.
E eu descobri o poder das feras e o amor das crianças.
E quando eu descobri essas forças dentro de mim, eu me coloquei mais forte, mais lúcido, mais homem, mais senhor de mim, rei da minha vida, imperador do meu mundo.
Nem melhor, nem pior que ninguém, porque não precisei mais de comparações.

Os que se comparam são tolos, porque não podem enxergar o passado dos outros e se comparar com ele. Nem sabem o que aguarda o futuro para querer se medir com outras pessoas.
Eu digo que renasci em mim mesmo. E agradeço toda a ajuda espiritual que tive na minha queda e no meu levantar.

Eu sou El Morya e, em sintonia com os ensinamentos da Chama Azul do Primeiro Raio, abençoo vocês.

Explico que cair faz parte, e que honra não é medida por fracassos e vitórias do mundo dos homens.
A honra é medida pela sua conexão com o Divino, com a sua espiritualidade mais profunda.
Honrar é amar, honrar é silenciar, honrar é se reconhecer e reconhecer o outro.
Honrar é caminhar pelas sombras, honrando a Grande Luz, que não teme as trevas.
Esse é e deve ser o seu Eu Sou, a sua Divina Presença.

Neste momento, nós estamos colocando em cada um de vocês uma lâmina de luz que vem do céu, atravessa seu corpo e coloca você em sintonia com o centro da Terra.
Essa lâmina de luz, ela coloca você assumindo o seu poder.
Respire profundamente, se coloque na postura ereta e repita:
Eu sou o que eu sou (Eu sou o que eu sou)
Eu sou o que eu sou (Eu sou o que eu sou)
Eu sou o que eu sou (Eu sou o que eu sou)
Eu aceito o meu Eu Sou (Eu aceito o meu Eu Sou)
Inspire e solte o ar.

A energia vem se equilibrando, você vem se equilibrando dentro desse eixo de luz.
E pense numa qualidade, numa habilidade, numa força que é sua, num bem que é seu; algo da sua personalidade que você sabe que é extremamente bom.
Pense nessa força, nesse poder, nessa habilidade, e guarde essa energia para você carregar consigo durante a sua semana, durante a sua vida.

Eu sou a luz do Eu Sou. (Eu sou a luz do Eu Sou)

Recebam as nossas bençãos e o nosso amor, e sigam em harmonia e em paz!


  
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Data:30/01/2019
Canal: Maria Silvia P. Orlovas
Colaboração: Francisca Motta


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