Venha participar ao vivo da meditação dinâmica e canalização dos Mestres Ascensos da Fraternidade Branca, todas as quartas-feiras às 20h30. Esse grupo permite a participação avulsa ou como mensalista. Sinta a energia, venha a esse encontro respondendo ao chamado do seu coração.
_______________________________________________________________________Nome Chave: Cartas de Amor
Mestra: Pórtia
Data: 20/08/2008
Local: Espaço Alpha Lux
Canal: Maria Silvia Orlovas
Áudio: ALPHA LUX 26 ANO 10 (mp3) - Clique aqui
Cartas de Amor
Quantas cartas de amor Eu
escrevi, porque Eu precisava expressar o Meu amor. E quantas cartas Eu escrevi,
quanto amor Eu deixei fluir do Meu coração, porque as palavras vinham, porque
vinham os sentimentos e porque quanto mais vazão Eu dava aos sentimentos de
amor, mais aquilo jorrava de dentro de mim.
Naquela época
Eu era uma jovem, uma menina, e achava que o amor deveria ser por alguém; por um
rapaz da Minha afeição. Então, Eu o tornei um príncipe. Eu o tornei um ser
perfeito, o ser idealizado do Meu amor.
Quanto mais Eu
falava para ele de sentimentos, de amor nas Minhas cartas, mais Eu o amava, mais
lindo ele parecia, mais perfeito ele se tornava.
Depois de um
tempo Eu passei a sofrer por isso, porque ele era tão perfeito, tão inatingível
e Eu tão humana, tão perecível, tão cheia de carências e de dores que não mais
me deleitei com o amor. Ao contrário, passei a sofrer por ele.
Fazia parte da
Minha experiência humana Me declarar em amor. Na época em que Eu vivia, as pessoas
sentiam amor dessa forma e elas achavam que quanto mais elas amassem, quanto
mais elas sentissem aquela perfeição no outro, quanto mais apaixonadas e
românticas elas fossem, mais amor elas experimentariam.
Eu experimentei muita
dor e muito sofrimento, porque quando senti coragem e consegui expressar o Meu
amor àquele “príncipe”, tamanha foi a desilusão quando descobri que ele não Me
queria tanto assim. Ele não me enxergava da forma que Eu Me mostrava e, muitas
vezes, ele nem sabia quem Eu era.
Quanto Eu
sofri... Quanta desilusão... Quanta decepção... Mas, ao mesmo tempo, dentro de
mim, Eu não queria tornar aquela pessoa “humana”, porque se Eu humanizasse
aquele homem, aquele príncipe dos Meus sentimentos, Eu veria nele as falhas e,
vendo nele falhas, Eu não poderia amá-lo, Eu não poderia aceitá-lo e Eu não
queria me doar a alguém que fosse assim tão confuso, tão problemático, tão
egoísta, tão mundano.
Assim, Eu fui
trocando de “príncipes”. Uma hora amei um, depois amei outro, e muitas vezes me
vi só, porque Eu não aceitava as pessoas como elas eram de verdade. No Meu
coração, Eu não queria aceitar e fiquei presa à Minha idealização, presa àquilo
que Eu criei como amor. E, nesse percurso, Eu adoeci. Fisicamente Eu tive uma
doença séria e tive de Me afastar desses amores, dessas cartas, desses encontros
românticos, onde só os olhares eram trocados, porque não havia muita vivência
física.
Eu era uma
nobre de certa forma recatada, porém os sentimentos eram intensos e nem um
pouco recatados ou tímidos. Os sentimentos eram como bolas de fogo dentro de
mim e, quando adoeci, Eu não podia sentir mais nada, porque o Meu corpo doía, Eu
tossia muito, Eu estava realmente muito frágil.
Foi nesse
momento de fragilidade que Eu tive de olhar para Mim, cuidar de Mim, ouvir meu
coração e não um coração romântico que Eu criei como meu coração. Mas o coração
verdadeiro, aquilo que Eu era.
Comecei a Me
questionar "Por que Eu sofria tanto? Por que Eu estava vendo as coisas daquela
forma? Por que Eu estava sofrendo como estava sofrendo? Por que o amor
constantemente Me desiludia? Por que as pessoas constantemente mostravam faces
tão horrorosas para Mim? Porque a vida era sempre tão difícil? Por que as
pessoas não Me amavam?
Assim, Eu sofri, e quanto mais Eu sofri, mais adoeci, até que cheguei a um limite do Meu
sofrimento e felizmente Meu corpo era jovem e havia uma força de vida, um
impulso no Meu coração.
Eu comecei a
olhar a vida e, como em muitas noites, Eu não conseguia dormir. Eu vi muitas
vezes o sol nascer. Eu pedia que as cortinas do Meu quarto ficassem abertas e
Eu Me encantava com as manhãs. E, numa manhã, Eu vi o Mestre entrar pela porta do
Meu quarto. Eu sabia que era espiritual, porque a porta dessa janela dava para
uma grande sacada e para um jardim. Era um lugar alto e Eu vi quando Ele
entrou.
Ele Se postou
ao meu lado, colocou a mão na Minha testa e assim Me perguntou: “Por que sofre, Minha filha”? E Eu disse a
ele: “Sofro por amor Pai, porque Eu
quero amar, porque Eu quero ser amada, porque quero um companheiro, porque
estou só.” Na verdade, Eu não disse em palavras, mas a Minha mente foi se
abrindo. -“Sofro, porque não compreendo
Meus pais. Sofro porque Eu quero uma vida para Mim, Eu não tenho vida.”
Tudo isso vinha de dentro de Mim. Então Ele pôs a mão na Minha testa e Eu vi o
amanhecer. Ele disse para Mim: “Limpe,
Minha filha, todos os seus pensamentos e o amor verdadeiro virá pra você.”
Eu Me abri
para aquela limpeza, como quero que agora, vocês que estão me ouvindo, se abram, se
abram dos seus mundos.
Se os seus
mundos estão tristes sem o afeto, sem o amor, sem a prosperidade no sentido
maior da palavra que é a alegria, a realização... Abram. Abram mão do seu
querer, abram mão das suas idealizações, abram mão do falso conceito de amor - neste momento estamos trabalhando essa cura
no grupo – e aí, Eu vi um lindo amanhecer na Minha mente.
Daquele dia em
diante, comecei a melhorar, porque comecei a aceitar as coisas e comecei a olhar
as pessoas, as situações, o mundo, tudo aquilo que se apresentava para Mim com
mais tranqüilidade. Eu passei a deixar que as coisas se apresentassem, que as
pessoas se apresentassem, que as situações se apresentassem sem Me apressar em
amar, sem Me apressar em acolher, sem Me angustiar em dar rótulos às pessoas e
às situações.
Eu passei a
sentir pelas pessoas e por todos que estavam perto de Mim mais amor, porque Eu
aceitava que elas fossem o que elas eram. Eu aceitava as coisas das pessoas: os
sentimentos, as emoções e aquilo que estava ali.
Eu deixei de
idealizar e comecei a ser muito, mas muito mais feliz e Me sentir mais
compreendida. Eu abri mão da pressa no amor e abri mão também da pressa na
Minha vida. Eu comecei a fazer as coisas com mais calma, com mais respeito às
coisas e a Mim mesma. E fui sendo tomada de um contentamento, de uma
tranqüilidade, de uma felicidade, porque cada pequeno ato foi ganhando beleza,
foi ganhando virtude, foi ganhando sentimento, porque Eu estava presente nesses
pequenos atos do Meu dia.
Eu era
prisioneira da Minha mente. Eu era prisioneira daquilo que Eu achava que era o
amor e a cada dia Eu sofria mais.
Foi um lindo
aprendizado, algo que carrego até hoje comigo.
Eu Sou Mestra Pórtia e o Mestre era o amado Saint
Germain.
Eu devotei
Meus dias a trabalhar a serviço da Luz Dele, da divulgação da Palavra Dele, da
divulgação do amor Dele, que é um amor lúcido, um amor por amor, amor sem
esperar. Amor por aqueles que sofrem, amor por aqueles que Deus colocou no
Nosso caminho.
As pessoas não
estão na sua vida gratuitamente. Cada um que passa pela sua vida é um
instrutor. Cada um que passa pela sua vida tem algo a lhe ensinar e cada um que
passa pela sua vida merece o seu respeito e a sua paz.
A Chama Violeta está presente na
transformação da visão. Ela é o chamado “Passo Quântico” da Era Atual, quando
você se liberta da visão pequena e estreita do mundo e se abre à visão do
espírito.
Façam esse
processo interno de libertação.
Libertem as
pessoas do seu ideal e escolham viver em vocês; cada passo em seu tempo, cada
momento como uma dádiva e cada pessoa como um instrutor.
Em sintonia
com a expansão da consciência e com o amor, Eu os abençoo. Tenham Paz.