terça-feira, 26 de julho de 2011

Surpresas




Como a vida é cheia de desafios. E se estamos com a mente aberta para enfrentar cada coisa de uma vez, e sem dramas o fluxo continuará nos conduzindo e uma hora ou outra as coisas se resolvem. Porém se impomos resistência a aquilo que nos acontece e nos permitimos emburrar, sofrer, praguejar o fluxo se interrompe e ficamos presos a experiência.
Hoje falo isso com tranqüilidade, mas não foi sempre assim. Já fui bem dramática. Já quis impor ao destino as minhas regras e o meu jeito de conduzir a vida. Claro que sem sucesso. E justamente por isso detestava surpresas.
Queria controlar as coisas para não sofrer, mesmo depois de tantas experiências, viagens de cunho espiritual e tantas coisas boas que recebi continuei detestando o novo.
Agora percebo que gostando ou não as coisas acontecerão fora do controle. As pessoas partirão, as mudanças virão e o novo irá se impor, porque a vida é assim.
Mas como é bom receber coisas boas, surpresas agradáveis. 
Vejo que a maioria das pessoas esta tão viciada no sofrimento que quando vive algo bem legal, não dá o devido valor, deixando que aquele evento agradável se misture com um monte de outras coisas chatas do dia a dia.


Esta semana nosso gatinho Ônix de 17 anos partiu e foi bem triste vê-lo se desligar, mas ao mesmo tempo natural, porque todos nós estamos de passagem pelo mundo objetivo. E cada um de nós terá  que enfrentar o momento da passagem. Sofri mas não tentei segurar, nem me permitir encarar algo natural como uma dor. Ele não merece isso nem nós. Porque sofrer pode ser uma escolha. Podemos frente. Uma adversidade se permitir reclamar, brigar, emburrar ou podemos simplesmente deixar passar.  
Em nome do amor senti que nos cabia deixar fluir, permitindo que novos alentos carregassem a sua alma.
No meio desses pensamentos recebi mais uma surpresa, o e mail da Susana ... Que fez um lindo vídeo com mensagens do meu livro Os Sete Mestres. Fiquei muito feliz e compartilho com vocês. Espero que gostem...
Desejo também que vocês se lembrem de que encarar a vida com otimismo é uma escolha. Pois nem sempre podemos afastar o mal. As vezes as coisas vão mesmo nos entristecer, contrariar, mas e aí como ficamos? 
Temos o direito de nos estragar porque somos contrariados?
É tempo de crescer e de ser mais fortes que as tempestades da vida. 
Os mestres esperam de nós essa atitude.

  .


Um beijo a todos,

Maria Silvia P Orlovas

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Livros

Confira alguns dos livros publicados por Maria Silvia Orlovas



Segredos de Mulher - Um romance empolgante com dicas de banhos, ervas, incensos e muito amor."











Os Doze Raios e a Expansão da Consciência 
Neste livro você poderá compreender melhor a força da meditação alçando voos rumo a sua luz interior.







Os Sete Mestres - Neste livro você conhecerá e se encantará com as histórias dos mestres da Fraternidade Branca.








Transformação com a Chama Violeta
Neste livro ensino como entrar em sintonia com o poder da transmutação.







Os Filhos de Orion - Um livro que conta a história da vida no planeta Terra. São mensagens que recebi num processo conhecido como canalização.



  
Outros títulos:






quarta-feira, 13 de julho de 2011

Mais uma chance


            Esta semana nasceu meu netinho. Adam chegou ao mundo numa manhã fria, cercado de pessoas ansiosas por ver seu rostinho. No mesmo dia em que uma menininha recém nascida foi encontrada num saco plástico numa viela no bairro da Mooca, aqui em São Paulo.  De um lado um mundo de luz, do outro um mundo de sombra, mas o que definirá o destino dessas crianças? O que define o nosso caminho. Porque seja como for, essa criança foi achada, e espero que agora esteja sendo cuidada.
            O fato é que não vivemos num mundo ideal, sem traumas, sem dor, sem desafios. Ao contrário nosso mundo é farto de experiências, e ainda que acreditemos na continuidade da vida num plano espiritual, os desafios na Terra são constantes.
Se mantivermos o otimismo, que está conectado com a luz divina, tenho certeza que podemos mudar o rumo da nossa história.
            As situações apesar de tristes em alguns momentos, não devem ser aceitas como definitivas. As coisas sempre podem mudar, e dependerá da nossa sabedoria interior como nos comportar nesse mundo.

           
             Hoje de manhã pensava no quanto seria legal se pudéssemos nos comunicar com nossos entes queridos desencarnados por uma tela de computador como mostrou o filme Nosso Lar.   Seria lindo se pudéssemos contar para eles o que estamos vivendo, o que aprendemos. Seria bom demais ver o que eles estão fazendo por lá, mas enquanto divagava nos primeiros pensamentos da manhã recebi a orientação de um anjo que me acompanhava. Ele me disse:
            Minha filha, já imaginou o que aconteceria com pessoas sem amor se a morte fosse encarada como algo trivial? As pessoas deixariam ainda mais de valorizar a vida. Quem sabe atentariam ainda mais contra sua natureza. Poderiam inclusive se machucar na tentativa de fugir das experiências humanas, assim como alguns já fazem usando drogas. Percebemos que as pessoas não querem viver seus problemas. Muita gente quer fugir das dificuldades sem crescer, sem abrir a mente e o coração para uma saída mais amorosa ou no mínimo criativa.
            O mundo, a vida precisa de fronteiras, ainda que seja para vocês superá-las.
            Com certeza a morte é uma fronteira. E a vida é uma grande oportunidade de fazer tudo diferente, e enquanto estivermos vivos podemos mudar.
            Ainda assim fico pensando em como será a vida daquela menina que teve a chance de nascer uma outra vez após o abandono? Gostaria de pensar que ela não saberá do seu primeiro momento de vida, porque de que servirá saber de um abandono tão triste? De que servirá saber que nasceu sem amor? Pois se a vida é uma dádiva, alguém preso na revolta pode não aproveitar a oportunidade de viver.  
            As vezes recebo clientes com 30, 40 anos ainda tristes com o desamor dos pais. Mas de que isso adianta? Como ensinam os mestres precisamos escolher o que carregamos conosco, pois essa carga definirá a nossa existência. Se o coração estiver leve com certeza traremos a nossa volta pessoas igualmente leves e dispostas para ajudar, caso contrário vida apos vida, criaremos um cenário triste para viver.
            O mundo não é perfeito, mas com certeza pode ser um bom lugar para se viver, mesmo para a garotinha abandonada, pois os anjos colocaram uma moça para encontrá-la e oferecer a ela novamente uma chance de viver neste planeta.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Entre a Luz e a Sombra


              
               Conheço Luciana há pelo menos 8 anos quando ela me procurou para uma sessão de vidas passadas e logo em seguida começou freqüentar o meu espaço regularmente fazendo parte do grupo de meditação etc. Se procurasse um traço, um movimento que definisse Luciana acho que a palavra seria simplicidade. Lu como a chamamos é uma pessoa simples, nos gestos, nas palavras, nos sentimentos. Assim quando ela comentava ocasionalmente sobre seu trabalho nunca imaginei que o documentário que ela fazia fosse algo tão bonito e profundo. Parecia apenas mais um trabalho diferente.
               
              Nos anos que se passaram pudemos sentir as mudanças nela. Apesar de ser uma pessoa suave as vezes víamos seu rosto pesado, seus gestos preocupados mas como ela não comentava nada também não perguntávamos porque amizade também é saber ficar em silêncio junto.
               
              Quando ficamos sabendo que o seu filme tinha sido premiado no Festival internacional de Biarritiz confesso que nos surpreendeu, porque ela sendo assim tão discreta nunca mostrou a profundidade do seu sonho. Sabíamos que ela era guerreira e que tinha colocado todas suas  fichas nesse seu projeto, mas não fazíamos idéia da penetração do filme. E depois disso amigo leitor não pense que ela ficou vaidosa ou diferente, ao contrario sua posição continuou sendo discreta e tranqüila como sempre. Para nós vermos que de fato não devemos julgar os fatos ou as pessoas pelas aparências que é uma das mensagens do filme que recebeu o nome: Entre a Luz e a Sombra.
               
              A história deste filme é de arrepiar, pois é um documentário que parece que Deus se tornou o roteirista. Luciana começou filmar a história de uma atriz que tinha o sonho de mudar o mundo e vencendo todo tipo de preconceito ainda muito jovem começa dar aulas de teatro no antigo presídio Carandiru. De repente ao longo do seu trabalho junto aos detentos dois presos se transformam em ídolos da música e famosos no Brasil inteiro. Tudo por acaso. Mas será que existe acaso? Ou seria a mão de Deus fazendo Luciana documentar um drama humano e cheio de ensinamentos?
              
              A sensibilidade das lentes da câmera de Luciana mostrou a vida na casa de detenção de uma forma sutil,  e até amorosa o oposto do que todos nós imaginamos. Porque é claro que quando se pensa em presidiários imediatamente pensamos em delinqüência, em pessoa do mal, em um mundo de sombras.
Nessa balança não podemos aceitar o mal e o bem caminhando juntos. No nosso mundo os rótulos são pesados demais, assim quem é do mal não pode se regenerar, da mesma forma quem é do bem não pode errar, mas é assim mesmo que a vida acontece?

                Como ensinam os mestres as sombras mostram a luz, o bem penetra o mal, a compreensão nasce da ignorância e a transforma, e para finalizar Deus age através de nós.

                  Devo confessar que Luciana participou da quebra de um preconceito que também já carreguei comigo. Se você acompanha meus artigos sabe que no ano retrasado fui assaltada em minha própria casa e que tive uma grande aprendizado com este abalo. Mesmo durante a invasão da minha casa ficava claro dentro de mim que aquelas pessoas não eram seres de uma outra natureza diferente da minha. Sentia que fazíamos parte do mesmo princípio divino e que apenas o que nos separava era a falta da consciência amorosa e as nossas escolhas diferentes. Mas não pude deixar de pensar em meio ao turbilhão que tomava conta da minha vida naquele momento que um dia aqueles rapazes foram crianças como eu e você...   



                 O filme da Luciana é um exemplo de solidariedade verdadeira, de uma visão da vida sem preconceitos. As pessoas sensíveis precisam conferir esta obra de arte. E quando estiverem assistindo o filme lembrem-se do lema “Somos todos um” mostrado no filme com maestria.

                 Com certeza os presidiários, ali estão por conta dos seus delitos, mas afinal quem não erra? Quem pode atirar a primeira pedra?

                 Concordo que a proporção de nossas escolhas definem a nossa vida e por isso o destino nos oferece mais ou menos oportunidades, mas se não abrirmos as portas do coração para acolher, ajudar quem somos nós? Não seriamos sombras ainda mais pesadas e escuras do que daqueles que cometem erros por absoluta impossibilidade de acerto?

                  Acredito que cuidar do nosso interior e de nossa espiritualidade é o caminho para viver a integridade da experiência humana, aceitando as diferenças e fazendo a nossa parte para que os extremos não sejam tão cortantes e destruidores.

                 Se somos todos um, de verdade, temos que tomar conta daquela parte da sociedade que ainda não sabe amar...



Conheça um pouco mais sobre isso no blog: http://entrealuzeasombrafilme.blogspot.com .

                  Luciana muita luz e boa sorte a você e a seu filme. Que a mensagem do seu filme alcance o coração dos milhares de brasileiros que ainda não pensaram sobre suas próprias sombras...


Um beijo da MS