Enquanto as respostas não vêm.
Eu fui como vocês. Eu me sinto, ainda um pouco, como vocês.
Durante muito tempo esperei respostas que não vieram na minha vida. Busquei essas respostas fazendo perguntas para pessoas.
Quando eu era jovem, eu buscava aquelas mulheres que liam as cartas. E todas as que eu pude, eu trouxe para a minha casa – ofereci da minha comida, ofereci da bebida.
Paguei para que lessem para mim o meu destino. Paguei para que dissessem pra mim o que iria acontecer. Paguei para que dissessem pra mim qual seria o meu caminho.
Algumas delas, eu me senti acolhida e apoiada. E outras, eu fiquei muito triste e aborrecida, porque não disseram aquilo que eu queria ouvir.
Como eu era uma mulher muito apaixonada, eu queria que elas dissessem pra mim, que as coisas que eu queria; todas as coisas iriam dar certo. Que o amor que eu estava vivendo era eterno; que naqueles braços eu teria o apoio, o consolo, a necessidade resolvida.
E em algumas delas, eu senti como se fossem minhas mães, amigas, companheiras da jornada. Eu dei roupas, jóias e não apenas comida. Porque, eu achava que se eu criasse uma conexão, com aquelas pessoas e com a magia que elas sabiam fazer – ou diziam que saber fazer – eu estaria mais próxima de alcançar os meus objetivos. Eu estaria mais próxima de ser feliz, de conquistar o homem amado, a posição que eu queria.
Eu fui refém dos Oráculos. Eu fui refém das pessoas. Porque, eu não queria o meu poder, eu queria que alguém me respondesse.
Eu não sabia que eu tinha direito ao meu poder. Eu não sabia que eu tinha responsabilidades sobre o meu crescimento. Eu queria que as pessoas me dissessem como e quando fazer. Eu queria que as pessoas tivessem as respostas para as minhas atitudes.
Eu não entendia que eu colhia exatamente o que estava semeando. Eu não entendia que existia uma Lei de Causa e Efeito. Eu não enxergava e não queria enxergar, o meu poder e a minha responsabilidade em cada situação pela qual eu enfrentei.
Eu não gostava da escuridão – porque ninguém gosta da escuridão.
Eu não gostava do sofrimento – porque aquilo não me fazia bem.
Mas, ao mesmo tempo, eu achava que era assim que tinha que ser – que era esse o limite. Que talvez eu não merecesse mesmo, mais amor, mais aconchego, mais carinho.
Que talvez eu não tivesse o merecimento de ter ao meu lado, um companheiro que me respeitasse, uma vida que fosse boa. Eu achava que era aquilo que eu tinha que ter.
Que talvez eu não tivesse o merecimento de ter ao meu lado, um companheiro que me respeitasse, uma vida que fosse boa. Eu achava que era aquilo que eu tinha que ter.
E, ao mesmo tempo, o meu coração ansiava por felicidade – por ser amada, por se querida, por ser respeitada. Mas, eu via o destino, eu via a vida, como algo muito distante do meu Ser.
Era como se eu olhasse para a minha frente e visse uma longa estrada, sob a qual eu não tinha nenhum domínio. E eu me sentia muito sozinha nesse caminhar, muito impotente e muito triste. Eu olhava para frente e via uma névoa, sem conseguir dizer ou imaginar como seria o meu destino.
E me alimentava de sonhos: sonho de um grande amor, sonho de um companheiro, sonho de uma família perfeita, de felicidade – aquilo que todos querem. Mas, eu não entendia que eu participava ativamente da criação ou da destruição, desse vir a ser.
Durante muito tempo da minha vida eu andei com os olhos cobertos. Durante muito tempo, eu não soube para onde andar. E ansiando pelo Futuro, eu me esquecia do presente, das coisas pequenas, das pessoas que estavam a minha volta... E de melhorar, de alguma forma que fosse – a minha forma de viver.
Eu cuidava muito da minha aparência, porque eu era muito jovem, muito linda e muito vaidosa. Mas, eu não cuidava das minhas palavras. Eu não cuidava do meu olhar, nem do meu sorriso.
Então, eu falava o que queria. Eu me dava o direito de ficar com raiva, de ser insolente, de magoar as pessoas – porque isso era tão pouco importante, já que eu sofria tanto. Se eu sofria tanto... Por que eu tinha que poupar os outros da minha dor e do meu sofrimento? Eu era egoísta e não sabia.
E aí, eu buscava pessoas que resolvessem o meu problema. Eu não sabia que eu tinha que evoluir para resolver os meus problemas. Eu não entendia que eu tinha que agir bem comigo e com o pequeno mundo a minha volta, para que os próximos passos e a próxima curva na estrada, pudesse me trazer conforto.
Eu vivi presa em mim mesma – buscando o meu salvador.
Foram anos e foram vidas, com o mesmo script, com o mesmo jeito de viver, com as mesmas dores, com as mesmas buscas e com o mesmo sofrimento.
E é por isso que eu conto a minha história para vocês. É por isso que eu compartilho a minha caminhada. Porque Eu Sou uma Guardiã. E a minha função é resgatar as pessoas, que ainda vivem nesta escuridão.
Quero dizer a elas e a vocês, que a resposta não está no outro.
O outro pode ajudar você ascendendo a luz de um quarto, mas, quem verá a verdade, quem escolherá o caminho e se responsabilizará por essa escolha, será você.
Nós não estamos sós no nosso caminho, mas, devemos ter consciência desse Eu e amor por esse Eu. E não ter medo de errar quando assumimos o nosso compromisso.
Vamos em Grupos. Trabalhamos em Grupos.
Nunca menosprezem os seus passos. E não esperem de fora as respostas que estão dentro.
A serviço da Evolução e da minha Amada Irmã. Eu Sou Sete Saias e trago a vocês o meu carinho, respeito e amor.
Estamos juntos na evolução. Todos a serviço do Um Só, que é Deus.
Meu respeito a vocês. Paz.
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*O texto de transcrição do áudio foi levemente editado
para uma melhor leitura.
*O texto de transcrição do áudio foi levemente editado
para uma melhor leitura.