Como
é bom o contato com a natureza! Ela nos revigora, energiza e transforma. A Mãe
divina ensina o respeito e traz fortemente a consciência da unidade, da
interdependência, pois sua força está em toda parte, na montanha coberta pela
neve, nas águas do mar, no jardim, no vaso de planta na sua casa.
E
como precisamos destas forças para mudar a energia?!
Não
somos um ser isolado em seus problemas, desafios e imperfeições. Somos parte do
todo, filhos da Terra. E ainda que nosso espírito tenha uma origem espiritual e
que nossa alma tenha atravessado portais interdimensionais para estar aqui, a
vida na matéria é uma benção para nossa evolução e um desafio para o nosso ego
que quer controlar tudo, e o tempo todo ter razão.
Neste
ultimo dia 2 de fevereiro, de repente me vi sendo levada, por uma amiga
querida, ao mar para saudar a grande mãe Iemanjá, e foi com muita alegria que
me senti abraçada por suas águas. Que benção!
Um
dia lindo, espumas cristalinas, mil toques de amor em suas ondas!
Cenas
que se repetem no mundo todo nessa generosa presença do mar em nosso planeta,
nos ensinando fluidez, limpando nossas mentes pesadas por tantos desejos e
sofrimentos, que no fundo da alma entendemos que não são tão importantes assim.
Quanto
precisamos desse sentir para nos libertar de nós mesmos?
Tudo
isso aconteceu numa semana em que atendi várias mulheres com a energia presa,
sofrendo, vivendo a rejeição como uma história de vida, aliás de muitas vidas.
Uma prisão que sufoca a alma, e que impede a evolução, pois macula a força do
pensamento, turva os olhos e nos faz pequenos.
Porque será que nos esquecemos que Deus criou as
coisas lindas desse mundo para nos encantar? Porque esquecemos que somos
amados, que temos tudo o que precisamos em nosso caminho?
Porque
as emoções tomam um tamanho tão grande em nossa vida?
Percebo que quando
há um sofrimento muito intenso a pessoa não consegue enxergar, nem sentir mais
nada.
O sofrimento é a
grande prisão. E o pior é que não há caminhar sem desafios, sem rejeição, sem
desagrados. A beleza da nossa vida está justamente na superação, na troca, na
coragem de mudar e de descobrir um jeito melhor de viver a nossa passagem pela
Terra.
É
claro que acredito em Iemanjá e a saúdo como a grande Mãe, a minha mãe.... E
quanto tenho ainda a aprender com Ela e sua fluidez salgada. Talvez se
fosse tudo doce não tivesse a força para transformar a terra, reciclar a vida e
dar energia a milhões de criaturas que dependem de suas águas.
Salve
Iemanjá a grande rainha mãe, cuidadora, generosa, que não escolhe a quem oferecer
suas bênçãos. Salve Iemanjá!
Um beijo a todos,
Maria Silvia
