terça-feira, 6 de julho de 2010

E por falar em fim de Ciclo!



Achei muito interessante as reflexões sobre a morte que vocês colocaram neste blog. Na verdade quando escrevi o artigo pensava na necessidade de colocarmos a nossa vida em dia. Em não deixar coisas importantes passarem despercebidas. Pois muitas vezes vamos acumulando compromissos, guardando medos e sentimento, e deixamos de falar, de expor o que pensamos, de dizer o quanto amamos alguém... E ai um dia percebemos que não podemos mais voltar atrás. Percebemos que o tempo passou, e não expusemos aquilo que passa dentro de nós.
            A Márcia, no entanto, levantou um outro enfoque que também acho muito importante, o desejo da morte. Vocês leram o comentário dela?
            Vale a pena dar uma olhadinha no que ela escreveu. Uma história triste da sua filha que está sofrendo muito querendo a “morte do sofrimento’. Aliás quem já não quis fugir de algo que trouxe dor?

            Você lida bem com a frustração?
         Quem lida bem com os nãos que recebemos da vida?

            Há algum tempo atrás escrevi um artigo que teve muita aceitação do publico. Faço uma reflexão sobre como lidar com a frustração e tomo a liberdade de trazê-lo novamente.


Lidando com a Frustração


            Desde que nascemos aprendemos que nem tudo o que desejamos acontece. Porém muitos de nós apesar de crescidos, formados em faculdades e cursos, tendo morado fora do pais e até mesmo vivenciado casamentos e separações continuam agindo como crianças mimadas que não podem receber um não como resposta. Mas infelizmente a vida é cheia de não.
            Frustração não é nada fácil. Passamos por isso quando queremos namorar alguém e esse alguém não nos deseja, quando queremos passar num concurso e não alcançamos a nota necessária, quando queremos que nosso filho se comporte de uma maneira que achamos adequada e ele não nos ouve,  quando queremos um emprego novo e ele não aparece ou mesmo nas coisas simples que dão errado quando por exemplo perdemos o horário do cinema ou levamos uma fechada no transito. As situações podem ser banais ou de fato estarem carregadas de significado mas a energia da contrariedade e da raiva de nossos intentos não darem certo nasceram da mesma fonte que é o nosso ego.
            Amigo leitor não pense que sou contra o ego ou que vou dizer que devemos nos inspirar num ser de luz como Madre Tereza e imaginar que não devemos nos abalar com as contrariedades da vida porque essa seria a situação ideal, uma sublimação de nossa personalidade e uma visão profunda e constante como alguém verdadeiramente espiritualizado deve ter. Mas não somos assim. Pelo menos por enquanto somos pessoas comuns que em alguns momentos encontram maior equilíbrio e que em outras horas sofrem se desconcertam e perdem a razão.
Ficar com raiva é natural, sentir um sufoco no coração e falar um monte de inconveniências e depois se arrepender também. O que não é normal é continuar nesta vibração e acolher a raiva como consolo e a vingança como alivio porque essas energias geram muita dor, causam doenças e não permitem a nossa evolução. Isso sem falar nos espíritos que se ligam a nossa infelicidade para nos cobrar erros do passado e do presente.
            Muitas situações podem ser encaradas como testes na nossa evolução e dependendo das nossas atitudes podem simplesmente serenar e ficar tudo tranqüilo.
            Ângela chegou até a mim com a indicação de um profissional de saúde. Moça jovem e bonita no auge dos seus vinte e seis anos resolveu morar sozinha e estava sofrendo muito para bancar sua decisão. Longe dos pais há mais de um ano não estava conseguindo fechar suas contas no final do mês porém não queria voltar a viver com a família porque considerava essa atitude o mesmo que andar para trás. Tudo isso ela me contou depois da sessão de Vidas Passadas que mostrou uma existência em que ela foi um jovem nascido entre pessoas muito simples da roça que saiu de casa em busca de fortuna e liberdade, sendo que depois de muito sofrimento terminou por retornar ao convívio familiar mas nunca mais viu os pais que já tinham morrido..
            Família as vezes nos trás muita frustração, amigos então melhor nem comentar... Nosso desempenho profissional sem reconhecimento também trás frustração porque nada disso depende apenas de nós, de nosso empenho em fazer o certo nem do nosso desejo de resultados. Assim as frustrações são desafios constantes que podem levar a depressão num estado lastimável de contrariedade. Mas o que podemos mudar em tudo isso?
            Ângela sofria exatamente neste impasse.
Não sei o que fazer estou cheia de dividas e não consigo mudar de emprego. Faço as” entrevistas, chego na boca do emprego e a vaga fica para uma outra pessoa”, disse ela num desabafo.
Sugeri que ela pensasse em voltar ao convívio com a família, porque felizmente ela tinha uma família e que este laço é muito importante na vida das pessoas. Todos nós por mais difíceis que sejam as relações sempre tiramos referencias da nossa família e espiritualmente aprendemos que não estamos juntos por acaso e sim por um comprometimento espiritual e para ter uma troca de experiências.
Sei que a minha sugestão não era algo fácil porque todo jovem quer sua liberdade e voltar atrás num caminho exige uma boa dose de humildade, mas devemos lembrar que humildade não significa se humilhar, se tornar inferior nem mesmo deveria ser um sacrifício. Voltar atrás nesse caso pode inclusive ser um ato de sabedoria e amor próprio. Porque ficar cheio de dividas se a vida poderia ser bem mais fácil?
Tudo muda com a maneira que encaramos os problemas. Todos os dias a vida nos trás experiências e escolhas que podem ser lições transformadoras ou focos de dor e tristeza. Você pode escolher não sofrer mudando a forma de encarar os fatos.
Boa sorte!

6 comentários :

  1. Desde que me entendo por gente venho lidando com frustrações, inumeras delas, com isso aprendi a ficar mais zem na hora em que elas ocorrem, penso que se ocorrem deve ser pelo fato de não estar na hora ou de até ter passado da hora.Tive frustração quando queria ser médica e não pude estudar devido a uma atidude cabeça dura do meu pai,tive outra quando casei e achei que era pra vida toda e não foi,tive mais algumas com relação ao meu lado profissional que se perdeu lá atrás por atitudes do meu pai. Enfim penso que a vida é isso aí, hoje em dia tento administrar o que vem da melhor maneira possível e com relaçao ao fim do ciclo tenho lido bastante que minha hora de abandonar velhas questões chegou e se quero algo novo devo olhar pra frente e tentar, tentar não , mudar o que deve ser mudado.
    Obrigada por tudo MS, um abração.

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  2. MS,

    Por falar em fim do ciclo, temos aí várias "previsões" para 2012...eu não acredito em fim do mundo...mas em ciclos que iniciam e se fecham...
    Mas com certeza o planeta está passando por um "ciclo diferenciado", não sei se o fim dele será em 2012...mas olha quanto desastre, quantas coisas acontecendo com a natureza, tantos crimes...o caso Bruno por exemplo...e tantos outros que estão por aí...

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  3. Eu acredito que temos livre arbitrio e que podemos escolher nossos caminhos, mas acredito também que algumas coisas já constam no "contrato" em que assinamos quando viemos para cá e quando chegamos aqui esquecemos...
    Acredito que têm coisas que acontecem porque já estão programadas para nós e nem sempre essas coisas é aquilo que planejamos, que buscamos...
    Eu já cansei de lutar contra "o destino" ou essas coisas que parecem já estarem pré-definidas.
    Tem gente que por mais que tente ganhar dinheiro, sempre acaba sem, assim como tem gente que por mais que tente seguir uma profissão, acaba em outra...e assim vai.
    Comigo também é assim, planejei tantas coisas para meus 30 anos, que não aconteceram ou aconteceram de forma bem diferente, embora eu tenha me esforçado para ser diferente...mas não adianta "remar contra a maré"...

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  4. Fazia tempo que não ouvia essa palavra, frustação. Na semana passada percebi que iria passar por uma situação que não queria mais, aí a primeira reação foi me rebelar...tenho de admitir. A segunda, que não demorou muito tempo, foi em ver alguma saída com relação a futura situação que a tornasse a meu favor, mesmo parecendo impossível. A terceira foi pagar para ver ... deixar meu ego de lado e me preparar para o momento. Todas estas decisões não tomei com sorissos os lábios, mas frustada por ter de, novamente, enfrentar o que aconteceria. No final de minha história resolvi ceder e colaborar com a situação mesmo antes dela se oficializar, pois o caso ocorre no meu convício profissional. Percebi que quando uma situação volta a ocorrer em sua vida e você não a quer deve abrir o seu coração e desejar que consiga resolver sem magoar as pessoas. Eu sei que estou pedindo demais de mim, mas eu tenho duas alternativas ou fazer contrariada ou fazer, claro que poderei falar a minha superiora que não esperava ter de fazer isso, mas que farei, se for para o bom andamento de um departamento. Assim já começei colaborar para resolver este trabalho, mesmo sem terem diretamente me pedido e sabe que foi gratificante? Talvez eu tenha exagerado nas minhas reações, mas esta frustação eu consegui resolver e acredito que tenha me dado condições para na próxima eu partir direto para a fase 3, pensar no que é melhor para todos. Parece simples, e é, desde que eu veja a situaçoes a meu favor e não contra ... rs

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  5. Fazia tempo que não ouvia essa palavra, frustação. Na semana passada percebi que iria passar por uma situação que não queria mais, aí a primeira reação foi me rebelar...tenho de admitir. A segunda, que não demorou muito tempo, foi em ver alguma saída com relação a futura situação que a tornasse a meu favor, mesmo parecendo impossível. A terceira foi pagar para ver ... deixar meu ego de lado e me preparar para o momento. Todas estas decisões não tomei com sorissos os lábios, mas frustada por ter de, novamente, enfrentar o que aconteceria. No final de minha história resolvi ceder e colaborar com a situação mesmo antes dela se oficializar, pois o caso ocorre no meu convício profissional. Percebi que quando uma situação volta a ocorrer em sua vida e você não a quer deve abrir o seu coração e desejar que consiga resolver sem magoar as pessoas. Eu sei que estou pedindo demais de mim, mas eu tenho duas alternativas ou fazer contrariada ou fazer, claro que poderei falar a minha superiora que não esperava ter de fazer isso, mas que farei, se for para o bom andamento de um departamento. Assim já começei colaborar para resolver este trabalho, mesmo sem terem diretamente me pedido e sabe que foi gratificante? Talvez eu tenha exagerado nas minhas reações, mas esta frustação eu consegui resolver e acredito que tenha me dado condições para na próxima eu partir direto para a fase 3, pensar no que é melhor para todos. Parece simples, e é, desde que eu veja a situaçoes a meu favor e não contra ... rs

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  6. MS

    Ainda ontem falava com um amigo sobre prioridades, não daquelas corriqueiras como pagar a conta que vence hoje, mas da prioridade notada a partir do silêncio e da comunhão com o Divino.
    É verdade, nem sempre acertamos, mas sabemos que o acaso não existe e hoje estou consciente de que tudo é para nosso aprendizado, e que ninguém nos oprime a não ser nós mesmos, com nossos padrões antigos e registrados; com a nossa sombra... Mas podemos encarar tudo como oportunidade para transmutação, afinal, porque estamos aqui nesta vida? No meu blog sempre falo de mudar o foco, escolher seguir por um caminho feliz etc.
    A liberação da dor tem a ver com o tempo de reação do cérebro e da sua capacidade de armazenar as sensações negativas a que está acostumado. Esse é o tempo que perdemos.
    Minha prioridade hoje? Ser um canal a serviço do Divino e isso abrangerá todo o resto. Fácil? Quem disse que seria fácil??

    San

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