Tenho
aprendido muitas coisas e acho que a principal é manter a mente aberta, viva,
conectada com Deus e livre de preconceitos. Na verdade acho que nem deveria ter
tido qualquer tipo de preconceito, por conta do caminho que se apresentou na
mediunidade, e no meu trabalho. Porém a vida ensina e fui convidada ver tantas
coisas lindas e as vezes difíceis ao mesmo tempo, que fui percebendo que nem
tudo é como imaginamos à primeira vista.
Devo
confessar que apesar desta abertura que sempre tive para o sobrenatural não
sabia direito lidar com isso. E até uma certa altura da caminhada, queria fazer
parte do mundo normal. Lutei para ser aceita “fazendo tudo certinho”, não queria a visão expandida das coisas,
não queria ser diferente, mas não foi assim que aconteceu. Com o tempo descobri
que também gostava das coisas diferentes, e fora dos padrões, e isso repercutiu
em tudo ao meu redor. Assim na juventude, ao contrario de amigos que estavam descobrindo
o mundo estudando fora, indo para Europa e EUA, atendendo o chamado da alma, fui
para a Índia em busca de respostas, e me encantei com o que encontrei e muitas vezes repeti essa
viagem.
Tinha
e tenho certeza que vivi muitas vidas no Oriente e sempre senti grande
afinidade com aquele ambiente, com as paisagens, a energia do local e
principalmente com Sai Baba e seus luminosos ensinamentos que me deram a tão
procurada referencia de vida. Aprendi os valores humanos, meditação, orações e
mantras que penetraram profundamente o meu ser, e mesmo anos depois não me
imaginei indo para os EUA nem muito menos gostando de lá, nem interagindo com aquele
país, que segundo meus antigos critérios, era materialista, e superficial.
Duro
admitir minhas teorias falidas, mas acho que tenho que tornar público meu equivoco.
Pois sinto que está na hora de quebrar certos padrões que até então dominaram a
mentalidade de muitas pessoas que como eu buscaram espiritualidade achando que
a magia, o mundo oculto está reservado apenas a templos em lugares sagrados. E
apesar de continuar achando que nesses lugares há uma força energética muito
grande, que deve ser respeitada, e continuar seguindo as orientações
espirituais que aprendi com meu amado mestre, o destino tem me convidado a abrir a mente e o coração para
encontrar essas passagens para o mundo oculto, e as forças divinas em todos os
lugares.
Sinto
que não faz mais sentido achar que a espiritualidade está apenas em lugares especiais,
ou em religiões consagradas, meu coração pede expansão. Hoje espiritual para
mim é muito mais do que as rezas, que continuo fazendo no silencio do meu
quarto, no salão de Alpha Lux, com meus grupos. Hoje espiritual deve ser a conduta diária, que vai além das
vivencias fechadas em grupos restritos. A espiritualidade é e deve ser a
pratica da boa educação, da ética, da verdade, e do amor.
Penso
que estamos vivendo um tempo difícil com tantas transformações, mas ao mesmo
tempo, acho que o momento é muito afortunado e cheio de possibilidades, principalmente
quando mergulhamos profundamente em nós e descobrimos que a sabedoria está em
nossos corações mais compassivos e amorosos, na caridade, na oferta em olhar o
outro com mais amor e paciência. A espiritualidade também está na força do
nosso compromisso de auto aprimoramento e expansão da consciência.
Nesta minha
ultima viagem a NY senti exatamente isso. Logo no primeiro passeio que fizemos
me encantei com a arquitetura, com os lugares pitorescos, com as flores prontas
para receber a primavera. Mas foram os símbolos incrustados em portais,
janelas, enfeitando tetos que me chamaram a atenção e o olhar para uma força
muito grande que foi depositada naquela cidade, que se auto denominou big
Apple. Aliás como nada é ao acaso, observo que pensar na tentação bíblica faz
muito sentido quando vamos descortinando NY caminhando a pé. Pois somos
tentados a descobrir mais, olhar mais. E não dá para não admirar a força da
cultura da capital do consumo.
Talvez
a idéia de pensar que apenas na Índia teria uma experiência verdadeiramente
espiritual, e que o resto do mundo era apenas o resto do mundo fizesse sentido
no começo da minha trajetória quando estava fincando minhas raízes, porém agora
o movimento que me carrega é expansivo. Quero fazer as
pazes com o mundo, e me abrir para encontrar Deus e seus encantamentos em
qualquer lugar, porque hoje sei que Ele se expressa em milhões de nomes e
formas, dentro e fora de mim, e que é maçã e também aquele que come do seu
fruto.
Fim
do preconceito!
Aproveito para comunicar que a partir do mês de Junho na primeira sexta feira teremos o grupo dos Sintonizadores começando as 17hs e seguindo com entrada até as 20hs. Nas outras semanas o horário será das 17 às 19hs. Fechando nos feriados e pontes.
Este mês fomos convidados a doar os alimentos, agasalhos e cobertores que arrecadamos para o projeto da igreja Batista do bairro das Perdizes "Cristolandia"que retira jovens da cracolandia e leva para um abrigo que está sendo construído em Taubaté.
Desejamos a todos muita luz e boa sorte!
Maria Silvia,
ResponderExcluirMe identifico muito com tudo que você escreve. Tanto que... que vou ler, já penso: o que será que tem dela pra mim hoje.
obrigada por ter essa abertura, por mostrar a sua cara.
Estamos na mesma sintonia.
"Sinto que não faz mais sentido achar que a espiritualidade está apenas em lugares especiais, ou em religiões consagradas, meu coração pede expansão. Hoje espiritual deve ser a conduta diária, que vai além das vivencias fechadas em grupos restritos". SER em qualquer lugar, sob qualquer situação, oh aprendizado fascinante esse!!!!
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