sábado, 25 de maio de 2013

Aprendizado direto de NY







Nova York é mesmo incrível. Um lugar onde tudo acontece. 


Fiquei muito surpresa em ver um riquixá em plena 5a Avenida.


Dá para acreditar?


Lembro que quando víamos esse tipo de transporte na Índia, muitas vezes, nos sentíamos mal, pensando na pobre pessoa, ali, pedalando, sofrendo para ganhar a vida. Difícil de aceitar até mesmo em uma realidade triste, de país do 3o mundo... Mas o que esperar de uma sociedade pobre, sem empregos, etc?



Mas, e aqui em NY, será um exercício? Uma excentricidade? Uma forma maluca de voltar ao passado, e ganhar a vida, e ainda manter o corpo saudável?



O que eu vi foi que os caras que dirigiam os riquixás estavam felizes, sorrindo, e nem pareciam carregar peso.


Algo totalmente inesperado.


Juro que achei que esse "meio" de transporte já deveria ter sido extinto, e lá estava ele,  ativo fazendo parte do novo milênio!


O que pensar disso?


A vida é mesmo cheia de surpresas.



Essa loja, então... Olhem só o nome: Uniqlo (uma corruptela de Unique Clothes, algo como roupas exclusivas, únicas).


O que pensar de tanta informação e modernidade?


Um lugar futurista, e ao mesmo tempo retrô, nerd, customizado.


Não sei dar um título.




O que sei é que se trata de um mergulho no novo.


Uma mistura estranha de coisas antigas, estampas com padrões do tempo da vovó, tecidos diferentes, padronagens múltiplas, soltas. Não consegui ver um link, uma conexão. Mas não estava em desarmonia...


Muito neon, vídeos projetados nas paredes, e no manequim uma saia de algodão que parece ter sido feita em casa!



Eu jamais usaria uma roupa assim!


Ou será que usaria, e ainda não sei?


Não sei dizer. As coisas estão caminhando de forma tão rápida que parece meio antigo a gente fazer uma afirmação assim pesada, fechada.


Neste lugar o "para sempre" não existe! 


Dá até medo de ter uma certeza.



Dizer nunca, jamais, acabou.


Esse tipo de pensamento e afirmação não cabe por aqui.


Esta cidade é um palco de coisas inesperadas acontecendo simultaneamente. 


Uma nova experiência em cada esquina.


Quase surtei quando vi a Vênus estampada numa sola de sapato!


Um sacrilégio. Mesmo que a loja se chame Botticelli, assim como o mestre da pintura.



De certa forma acho que é muito bom a gente vir tomar esse banho de diversidade, e desafiar os hábitos que assumimos.


Precisamos sair do lugar comum. Por que precisamos lembrar que a vida não se limita às fronteiras do conhecido, nem se restringe àquilo que conseguimos ver.


Não precisamos carregar nossas crenças nas costas...




O que dizer de uma cidade que com sua cultura, moda, diversão e modernidade, domina o mundo?


Olhe só esse Zeus do Rockfeller Center. Será ele também esta enfrentando a modernidade revendo seus hábitos? Quem sabe abrindo mão de tantos raios...



O que dizer de uma sisuda recepção de hotel, que oferece refresco e....



Maçãs!


Acho que o mundo está mesmo mudando, mas para melhor, para se tornar mais leve, e mais feliz!







Maria Silvia P Orlovas, aprendendo mais de espiritualidade, e revendo crenças (risos), diretamente de Nova York.



4 comentários :

  1. Fantástico! Este texto tem tudo a ver com um escrito pela Fernanda Gaona que li esta semana no Face:
    "Voltei atrás
    Entre todas as dificuldades existentes no mundo, com certeza mudar de opinião está entre as maiores. Nosso ego tem pernas e parece condicionado a andar sempre adiante, nunca retroceder. Voltar atrás é para os fracos: assim sopra nosso inconsciente. É verdade que errar é humano, mas esse mundo “de vez em sempre” parece mesmo habitado por pessoas de “outro planeta”.

    Eu sou assim, acredito que você também.

    Como faz a maioria, costumo julgar, mesmo sem querer. O que me salva é que assim como faz a minoria, não me importo em rever minha opinião. Em repensar.
    Funciona mais ou menos assim: rotulo, sustento essa ideia e, eventualmente, levo uma rasteira. Me engano.
    Ruim, não é? Pra mim não.
    Embora a frase “estava enganada” não tenha um bom significado, fico feliz por chegar a essa conclusão. Satisfeita porque isso mostra que meu ego existe sim, mas eu sou capaz de fazê-lo calar. Contente, pois rever me faz uma pessoa melhor.
    Não existe nada de mal em voltar atrás. Muito pelo contrário. Às vezes o ato de recuar quando necessário é que leva, de fato, adiante. " (Fernanda Gaona)
    https://www.facebook.com/photo.php?fbid=459606977457196&set=a.121386447945919.31233.121366097947954&type=1&theater
    Boa viagem...

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    1. Cristiane,
      Fico muito feliz quando encontro ressonância dos meus pensamentos sobre a vida.
      Somos nós que vamos criar essa nova realidade.

      Beijos,

      MS

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  2. As viagens são incríveis para descobrir coisas novas e derrubar nossas crenças sobre aquele lugar e sobre o mundo. Tem uma citação do Amyr Klink (brasileiro que fez uma expedição na Antártida) que eu gosto muito:

    "Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver"

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  3. Susane,

    Amei seu comentário, já tinha visto um programa com Amyr Klink e sei que o livro dele é bem legal...
    Faz todo sentido viajar e aprender coisas novas, abrir a mente e o coração para um jeito diferente de viver.

    Beijos,

    MS

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