Nome Chave: O criador de sombras
Mestre: Lanto
Data: 23/01/2013
Local: Espaço Alpha Lux
Canal: Maria Silvia P. Orlovas
Transcrição: Patrícia Viégas
Edição: Diogo Guedes
Áudio: ALPHA LUX 02 ANO 15
Data: 23/01/2013
Local: Espaço Alpha Lux
Canal: Maria Silvia P. Orlovas
Transcrição: Patrícia Viégas
Edição: Diogo Guedes
Áudio: ALPHA LUX 02 ANO 15
O criador de sombras.
Quem é o criador de sombras?
Quem cria as sombras?
Quem faz com que as sombras existam?
Quem potencializa a Luz?
E quem se envolve no mais profundo das sombras, senão o próprio Homem?
Quem cria as sombras?
Quem faz com que as sombras existam?
Quem potencializa a Luz?
E quem se envolve no mais profundo das sombras, senão o próprio Homem?
Eu fui um Monge. E o meu caminho foi longo, como é o caminho de todos os Monges. E talvez seja ainda mais longo o caminho de um Monge, porque não lhe cabe distrações.
Vocês, o tempo inteiro, se envolvem com distrações: se distraem nascendo, se distraem caminhando, se distraem crescendo, convivendo com a família.
Tendo amigos, tendo amores, sentindo a ausência das pessoas, participando da vida de uns, fugindo da vida de outros.
Buscando o dinheiro, fazendo do dinheiro o seu Deus, fazendo do dinheiro, o seu martírio.
Porém, um Monge, ele se distrai com poucas coisas. Eu fui para o caminho espiritual por absoluta falta de outras possibilidades. Eu não tive pai, e não tive mãe. Fui abandonado no mosteiro. E por uma profunda graça, por uma profunda sorte, eu fui acolhido, alimentado e cuidado, neste ambiente.
Cresci cercado pelas grandes muralhas do mosteiro, mas alimentado. Cresci, tendo o que o comer, tendo o que vestir.
Mas eu via em tudo isso que era a minha história, que era a minha caminhada: uma grande dor, um grande sofrimento.
Tudo isso na minha vida era uma grande sombra. Porque eu estava infeliz, eu estava vivendo uma vida que eu não queria que fosse a minha. Passando por experiências que eu não queria que fossem as minhas experiências. Vivendo dores que eu achava que não tinha escolhido pra mim.
Às vezes eu ia, acompanhado pelos Monges, em algum trabalho na aldeia e olhava as crianças com as suas famílias...
E aí sim, olhando a felicidade do outro, eu enxergava e eu sofria, pensando na minha infelicidade. Pensando no quanto eu era só. Pensando no colo de mãe que eu não tive, na presença do pai, do orientador que eu não tive. Eu olhava para tudo o que eu não tinha.
E quando eu cresci mais, e a minha vida era trabalhar e trabalhar e trabalhar, a minha sombra se tornou o meu trabalho. Porque eu olhava para aquilo e pensava: "Quantas pessoas tinham tudo mais fácil que eu? Quantas pessoas que tinham a liberdade de trabalhar e voltar para as suas casas?" E eu ficava ali no mesmo lugar, preso no monastério.
E quando eu cresci um pouco mais, a minha sombra era pensar que eu queria sair e não tinha coragem. A minha sombra era de imaginar uma outra vida para mim e não ter coragem de romper com a vida que eu tinha. Com medo de que não desse certo, com medo que o ambiente não fosse favorável, que as pessoas não me permitissem esse caminho.
E depois, quando eu envelheci, a minha sombra era me criticar por tudo o que eu não tinha vivido. Por tudo o que eu não tinha feito, pelas escolhas erradas, pela minha falta de coragem. Por ter sido amigo de alguns que me traíram. Por ter sido vítima do desprezo de outros. Por não amar a Deus, suficientemente. Por não enxergar a mim mesmo.
A minha vida foi uma sequência de sombras dolorosas, tristes. Uma sequência de reclamações. Uma sequência de um diálogo onde eu só criticava.
E eu não tinha forças para dialogar de verdade. Eu não tinha forças para olhar o bem das situações. Eu só olhava o que não dava certo, eu só olhava o mal, eu só olhava o que eu queria.
E quando eu desencarnei, quando eu morri, e eu fui para o Plano Espiritual, um Ser que me recebeu, num lugar muito bonito, muito aprazível, mas que parecia o monastério.
E eu pensei "Meu Deus, para onde eu fui? Para onde eu vou? Onde eu estou? De novo o monastério!"
E a pessoa me perguntou o que eu tinha sido, o que eu tinha feito.
E, com os olhos muito doces, aguardou que eu respondesse.
E a pessoa me perguntou o que eu tinha sido, o que eu tinha feito.
E, com os olhos muito doces, aguardou que eu respondesse.
E eu olhando para baixo, ainda incompleto e não entendendo muito bem o que estava sucedendo comigo.
Eu disse: "Eu sou um Monge. Eu fui um Monge a minha vida inteira."
Eu disse: "Eu sou um Monge. Eu fui um Monge a minha vida inteira."
E aquele outro Ser, um amigo, que olhava pra mim. Ele abanou a cabeça e eu entendi que ele dizia não.
Mas era tão doce aquele não. Era tão compreensivo, aquele movimento de cabeça.
Era tão acolhedor aquele não, que eu não me senti ofendido com aquela negativa daquela pessoa. Porque eu estava acostumado a me defender de tudo o que me acontecia. Eu estava acostumado a me defender das pessoas, das atitudes delas, das críticas. Eu estava acostumado a me manter fortemente em mim mesmo. Fechado no meu mundo, me defendendo, porque assim que eu achava que tinha que ser.
Mas aquela pessoa, com aquele maneio de cabeça, me tocou tão profundamente. E aí eu já não tinha mais certeza de quem eu tinha sido, do que eu tinha feito.
E ele olhou pra mim e me disse assim:
"Você não aprendeu, meu filho. A sua vida inteira, você perseguiu a sua sombra."
E ele olhou pra mim e me disse assim:
"Você não aprendeu, meu filho. A sua vida inteira, você perseguiu a sua sombra."
E eu achei aquela conversa muito filosófica, estava longe mesmo da minha compreensão. Mas aí, ele me tocou. E quando ele me tocou, eu percebi a nuvem que era os meus pensamentos. Eu percebi o quanto eu estava fixado, o tempo todo, nas mesmas coisas.
Aquele momento de Luz, do contato espiritual, me fez ver que eu tornava as coisas sempre difíceis. Sempre nebulosas. Que eu saltava de uma poça de lama para outra, de um problema para outro, de uma situação difícil pra outra, de um comentário negativo para outro, de um medo para outro.
Eu compreendi que eu tinha criado para mim uma história de uma grande sombra.
Eu compreendi que eu tinha criado para mim uma história de uma grande sombra.
E hoje a minha mensagem para vocês é para vocês potencializarem a luz, a sua Luz. Potencializarem o seu amor, a sua força de Amor.
Não se fixem nos problemas. Deixem que os problemas se portem como nuvens ao vento.
Ainda que sejam vários dias, meses de chuvas, sempre há o sol, sempre há uma luz.
Ainda que sejam vários dias, meses de chuvas, sempre há o sol, sempre há uma luz.
Mas a luz não é uma subordinada às suas vontades. Nem sempre as coisas acontecem como você planeja.
Mas há uma luz em cada fato, em cada movimento, em cada pessoa, em cada história, em cada caminho. Vocês são a Luz.
Mas há uma luz em cada fato, em cada movimento, em cada pessoa, em cada história, em cada caminho. Vocês são a Luz.
Potencializem a sua Luz. Potencializem o seu Bem. Potencializem a Força Interior.
A Luz está em vocês e vocês estão na Luz.
Estaremos trabalhando, em todo o início deste ano, na força da Chama Trina. Em união com a Chama Azul, Amarela e Rosa. Estamos trazendo, a consciência da Força de vocês. Reverenciando o Eu Crístico de cada um. O Eu Crístico de vocês é o grande Sol do Coração.
Potencializem o Sol do Coração. Porque é o Sol do Coração capaz de limpar todas as sombras.
Na sua vida, você sempre pode ver a sombra ou compreender a Força do Sol, sentir a Força do Sol, amar a Força do Sol.
Reverenciem o seu Eu Crístico e sirvam, com humildade, a Deus, que está em todos.
A serviço da força da Chama Trina, Eu Sou Mestre Lanto.
E trago a vocês a minha profunda reverência ao Sol do Amor que eleva.
Recebam.
nossa que lindo !! parece que ele disse tudo isso direto pra mim :)
ResponderExcluirestive muito triste e pensando o que deus quer de mim?
vi que criei novamente sombras em meu caminho :)obrigada mestre lanto e querida maria :)
Claudinha,
ResponderExcluirO importante é não se criticar agora que tomou consciência do seu caminho.
A vida é assim. A gente erra e segue sem se culpar. A culpa aprisiona.
Beijos e boa sorte.
MS